Antiplatelet Therapy in Breast Cancer Patients Using Hormonal Therapy: Myths, Evidence and Potentialities - Systematic Review
Terapia Antiplaquetária em Pacientes com Câncer de Mama em Uso de Terapia Hormonal: Mitos, Evidências e Potencialidades - Revisão Sistemática
Arq. bras. cardiol; 111 (2), 2018
Publication year: 2018
Abstract Breast cancer is the most frequently diagnosed tumor in women worldwide, with a significant impact on morbidity and mortality. Chemotherapy and hormone therapy have significantly reduced mortality; however, the adverse effects are significant. Aspirin has been incorporated into clinical practice for over 100 years at a low cost, making it particularly attractive as a potential agent in breast cancer prevention and as an adjunct treatment to endocrine therapy in the prophylaxis of cardiovascular complications. The objective of this study was to evaluate the role of aspirin in reducing the incidence of breast cancer and to evaluate the impact of its use on morbidity and mortality and reduction of cardiovascular events as adjuvant therapy during breast cancer treatment with selective estrogen receptor modulators. A systematic review was performed using the PRISMA methodology and PICO criteria, based on the MEDLINE, EMBASE and LILACS databases. The original articles of clinical trials, cohort, case-control studies and meta-analyses published from January 1998 to June 2017, were considered. Most studies showed an association between the use of selective estrogen receptor modulators and the increase in thromboembolic events. The studies suggest a protective effect of aspirin for cardiovascular events during its concomitant use with selective estrogen receptor modulators and in the prevention of breast cancer. This systematic review suggests that aspirin therapy combines the benefit of protection against cardiovascular events with the potential reduction in breast cancer risk, and that the evaluation of the benefits of the interaction of endocrine therapy with aspirin should be further investigated.
Resumo O câncer de mama é o tumor mais frequentemente diagnosticado em mulheres de todo o mundo, com impacto importante na morbimortalidade. A quimioterapia e a terapia hormonal reduziram significativamente a mortalidade, mas os efeitos adversos são consideráveis. A aspirina está incorporada à prática clínica há mais de 100 anos, com baixo custo, tornando-a particularmente atraente como potencial agente na prevenção do câncer de mama e auxiliar durante o tratamento endócrino, na profilaxia de complicações cardiovasculares. Objetivou-se avaliar o papel da aspirina na redução da incidência do câncer de mama e avaliar o impacto de seu uso na morbimortalidade e na redução de eventos cardiovasculares como terapia adjuvante durante o tratamento do câncer de mama com moduladores seletivos do receptor do estrogênio. Procedeu-se à revisão sistemática utilizando-se a metodologia PRISMA e os critérios PICO, nas bases MEDLINE, EMBASE e LILACS. Foram considerados os artigos originais do tipo ensaio clínico, coorte, caso-controle e metanálises, publicados no período de janeiro de 1998 até junho de 2017. Na maioria dos estudos, houve relação entre o uso dos moduladores seletivos do receptor do estrogênio e o aumento de eventos tromboembólicos. Os estudos sugerem efeito protetor da aspirina para eventos cardiovasculares em uso concomitante aos moduladores seletivos do receptor do estrogênio e na prevenção do câncer de mama. Esta revisão sistemática sugere que o tratamento com aspirina combina o benefício da proteção contra eventos cardiovasculares com a potencial redução do risco de câncer de mama, e que a avaliação dos benefícios da interação da terapia endócrina com a aspirina deve ser melhor investigada.