Surgical outcomes of rhegmatogenous retinal detachment associated with ocular toxoplasmosis
Resultados cirúrgicos do descolamento regmatogênico de retina associado à toxoplasmose ocular

Arq. bras. oftalmol; 81 (4), 2018
Publication year: 2018

ABSTRACT Purpose:

To evaluate the anatomical and functional outcomes of surgical treatment of retinal detachment secondary to ocular toxoplasmosis.

Methods:

A retrospective analysis of data from patients who had undergone vitreoretinal surgery for retinal detachment secondary to ocular toxoplasmosis was conducted. The parameters that were analyzed include surgical procedures, anatomical outcomes, visual acuity, and postoperative complications.

Results:

This study included 22 patients, of which 13 were female (59.1%). The mean age was 28.5 years (SD ± 14.5, range 12-78 years) and the follow-up period varied from 1 to 163 months (mean 64 months). The mean baseline best-corrected visual acuity (BCVA) was 2.0 logMAR (SD ± 1.0). A total of 31 surgeries were performed, and the retina was reattached in 15 patients (68.2%) immediately after the first surgery and in 20 patients (90.9%) at a later point. The mean postoperative BCVA improved to 1.3 logMAR (SD ± 0.9) (p<0.05). Nineteen patients (86.4%) underwent cataract surgery with intraocular lens implant, and 12 patients (60.0%) underwent silicone oil removal. Five patients (22.7%) exhibited elevated intraocular pressure, and 1 patient (4.5%) developed hypotonia.

Conclusion:

Surgical treatment of retinal detachment secondary to ocular toxoplasmosis resulted in considerable anatomical and functional improvement. Although PPV with silicone oil injection demonstrated the best outcomes, it is not reasonable to conclude that this is the best surgical approach given the small number of patients included in this study.

RESUMO Objetivo:

Avaliar os resultados anatômicos e funcionais após o tratamento do descolamento de retina secundário à toxoplasmose ocular.

Métodos:

Análise retrospectiva de dados de um banco de dados validado, que incluiu registros de pacientes submetidos à cirurgia vitreorretiniana para descolamento de retina secundário a toxoplasmose ocular. Foram analisados procedimentos cirúrgicos, sucesso anatômico, acuidade visual e complicações pós-operatórias.

Resultados:

Foram avaliados 22 olhos de 22 pacientes. Treze eram do sexo feminino (59,1%) e a idade média era de 28,5 anos (DP ± 14,5, intervalo de 12 a 78 anos). O período de acompanhamento variou de 1 a 163 meses (média de 64 meses). A melhor acuidade visual corrigida (BCVA) foi 2,0 logMAR (SD ± 1,0). Em geral, entre retinopexia (RSB) e vitrectomia pars plana (PPV) utilizando injeção de óleo de gás ou de silicone (SO), realizaram-se 31 cirurgias. A retina foi considerada colada em 15 olhos (68,2%) na primeira cirurgia e em 20 olhos (90,9%) ao final do estudo. A BCVA pós-operatória média melhorou para 1,3 logMAR (SD ± 0,9) (p<0,05). Dezenove olhos (86,4%) foram submetidos à cirurgia de catarata com implante de lente intraocular e 12 olhos (60,0%) tiveram remoção de óleo de silicone. Cinco olhos (22,7%) desenvolveram pressão intraocu­lar elevada e 1 (4,5%) desenvolveu hipotonia.

Conclusão:

A abordagem cirúrgica no descolamento de retina secundária a toxoplasmose ocular permitiu importante melhora anatômica e funcional. Embora a PPV com injeção de óleo de silicone tenha demonstrado melhores resultados, não é viável afirmar que é a melhor técnica cirúrgica, devido ao pequeno número e às particularidades dos olhos tratados.

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