Arq. bras. oftalmol; 81 (5), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Purpose:
To study visual acuity, refractive errors, eccentric fixation, and reading performance in patients with toxoplasmic macular retinochoroiditis. Methods:
Twenty-three participants with bilateral toxoplasmic macular retinochoroiditis and 4 with toxoplasmic macular retinochoroiditis in their unique eye were evaluated. Participants reported their eye dominance, confirmed by the Portus and Miles test. Best corrected visual acuity, spherical equivalent refraction, magnification need, and reading speed were measured. Microperimetry (MAIA, Centervue - Padova, Italy) recorded the preferred retinal locus and fixation stability by means of the bivariate contour ellipse area. Fourteen eyes from 14 normally sighted subjects served as controls. Results:
Mean ± SD best corrected visual acuity was better in the dominant eye than in the nondominant eye: 0.9 ± 0.2 (logMAR 0.5 to 1.4) vs. 1.2 ± 0.3 (logMAR 0.6 to 1.7) (p<0.0001, paired t-test). Spherical equivalent myopia of -4.00 or higher was present in 42% of the eyes. Microperimetry was performed in 42 eyes. Eccentric fixation was observed in all examined eyes. In 14 eyes (33%), the preferred retinal locus was placed (in the retina) superior temporal to the macular lesion, in 10 (24%) superior nasal, in 6 (14%) inferior temporal, and in 12 (28%) inferior nasal. There was no significant difference in the distribution of the preferred retinal locus position between dominant and nondominant eyes (p=0.85, Pearson test). There was no correlation between reading speed and the distance between the preferred retinal locus and the estimated original foveal position (r=-0.09; p=0.73), the bivariate contour ellipse area (r=-0.19; p=0.44), or best corrected visual acuity (r=0.024; p=0.92). Conclusions:
Myopia is more prevalent in patients with toxoplasmic macular retinochoroiditis. Reading speed is not dependent on preferred retinal locus position, stability, or visual acuity. Nevertheless, documentation of fixation provides new data on the impact of visual impairment in these patients and may be useful for rehabilitation efforts.
RESUMO Objetivo:
Estudar a acuidade visual, erros de refração, fixação excêntrica e desempenho de leitura em pacientes com retinocoroidite macular por Toxoplasmose. Métodos:
Vinte e três pacientes com retinocoroidite macular por Toxoplasmose bilateral e quatro com retinocoroidite macular por Toxoplasmose no seu único olho foram avaliados. Os participantes relataram sua dominância ocular, confirmada pelo teste de Portus e Miles. A acuidade visual melhor corrigida, refração em equivalente esférico, magnificação necessária e velocidade de leitura foram medidas. A microperimetria (MAIA, Centervue - Padova, Italy) registrou a estabilidade preferida do locus e da fixação da retina por meio da área da elipse de contorno bivariada. Quatorze olhos de 14 pacientes com boa visão serviram como controles. Resultados:
A média ± DP da acuidade visual melhor corrigida foi melhor no olho dominante do que no não dominante: 0,9 ± 0,2 (logMAR 0,5 a 1,4) vs. 1,2 ± 0,3 (logMAR 0,6 a 1,7) (p<0,0001, teste t pareado). Miopia em equivalente esférico de -4,00 ou maior estava presente em 42% dos olhos. Microperimetria foi realizada em 42 olhos. Fixação excêntrica foi observada em todos os olhos examinados. Em 14 olhos (33%), o locus retiniano preferencial estava localizado, na retina, na região súpero-temporal à lesão macular, em 10 (24%) súpero-nasal, em 6 (14%) ínfero-temporal, e em 12 olhos (29%) ínfero-nasal. Não houve diferença significativa na distribuição da posição do locus retiniano preferencial entre olhos dominantes e não dominantes (p=0,85, teste de Pearson). Não houve correlação entre velocidade de leitura e distância entre o locus retiniano preferencial e a posição foveal original estimada (r=-0,09; p=0,73), a área bivariada de contorno elipsóide (r=-0,19; p=0,44) ou acuidade visual melhor corrigida (r=0,024; p=0,92). Conclusões:
A miopia é mais prevalente em pacientes com retinocoroidite macular por Toxoplasmose. A velocidade de leitura não é dependente da posição do locus retiniano preferencial, da estabilidade ou da acuidade visual. A documentação do padrão de fixação excêntrica, entretanto, oferece novos dados no impacto da deficiência visual nesses pacientes e pode ser útil em estratégias de reabilitação.