Qualidade de vida e capacidade funcional em pacientes com úlcera arterial
Quality of life and functional ability in patients with arterial ulcers

Av. enferm; 34 (2), 2016
Publication year: 2016

Resumo Objetivo:

Avaliar a Qualidade de Vida (QV) e a capacidade funcional em pacientes com Doença Arterial Periférica (DAP) e Úlceras Arteriais (UA).

Metodologia:

Estudo clínico descritivo e transversal, realizado no Sul de Minas Gerais, Brasil. Sessenta pacientes adultos alocados em três grupos -grupo DAP com UA, grupo DAP sem UA e grupo controle, sem DAP e sem UA- foram entrevistados, utilizando-se os questionários Health Assessment Questionnaire (HAQ) e o Short Form-36 Health Survey (SF-36) para medir a capacidade funcional e a QV, respectivamente. Para a comparação entre os grupos, foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis.

Resultados:

Quarenta e dois participantes (70%) são mulheres e a idade média foi de 63 anos. Os pacientes com DAP, com ou sem UA, apresentaram incapacidade funcional significativamente maior que pacientes sem DAP (p < 0,01) nos componentes relacionados a deambulação, uso de utensílios domésticos, higiene e apreensão/sustentação de objetos. Os pacientes com DAP, com ou sem lesões, apresentaram SF-36 escores significativamente mais baixos -menor QV- nos domínios Capacidade funcional, Aspectos físicos, Dor corporal, Vitalidade, Aspectos sociais e Aspecto emocional do SF-36 em relação ao grupo controle (p < 0,001). Também foram observadas diferenças significativas (p < 0,001) entre o grupo controle e o grupo com DAP e UA nos domínios Estado geral de saúde e Saúde mental.

Conclusão:

Os pacientes com DAP, com ou sem úlcera, apresentaram redução na capacidade de realização de algumas atividades cotidianas, além de baixos níveis de QV quando comparados aos pacientes sem a doença.

Objetivo:

Evaluar la Calidad de Vida (CV) y la capacidad funcional en pacientes con Enfermedad Arterial Periférica ( EAP) y Úlceras Arteriales (UA).

Metodología:

Estudio clínico descriptivo y transversal, realizado en el sur de Minas Gerais, Brasil. Sesenta pacientes adultos asignados en tres grupos -grupo EAP con UA, grupo EAP sin UA y grupo de control sin EAP y UA- fueron entrevistados, para lo cual se hizo uso de las escalas Health Assessment Questionnaire (HAQ) y el Short Form-36 Health Survey (SF-36) que evalúan la capacidad física y la calidad de vida, respectivamente. Para las comparaciones entre los grupos, se utilizó la prueba de Kruskal-Wallis.

Resultados:

Cuarenta y dos participantes (70%) son mujeres y la edad media fue de 63 años. Los pacientes con EAP, con o sin UA, presentaron limitación funcional significativamente mayor que los pacientes sin PAD (p < 0,01) en componentes relacionados con el andar, el uso de utensilios domésticos, la higiene y el alcance/agarre de objetos. Los pacientes con PAD, con o sin lesiones, tenían puntuaciones significativamente más bajas de SF-36 -CV inferior- en las dimensiones Función física, Rol físico, Dolor corporal, Vitalidad, Función social y Rol emocional en comparación con los pacientes del grupo control (p < 0,001). También se observaron diferencias significativas entre el grupo control y el grupo con EAP y au en las dimensiones Salud general y Salud mental.

Conclusión:

Los pacientes con EAP, con o sin úlcera, mostraron dificultad para realizar algunas actividades cotidianas, así como baja calidad de vida en comparación con los pacientes sin la enfermedad.

Objective:

To assess Quality of Life (QOL) and functional ability in patients with Peripheral Arterial Disease (PAD) and Arterial Ulcers (AUS).

Methodology:

Descriptive and cross-sectional clinical study, conducted in Southern Minas Gerais, Brazil. Sixty adult patients allocated in three groups -group PAD with aus, group PAD without aus, and control group, without both PAD and aus- were interviewed using the scales Health Assessment Questionnaire (HAQ) and Short Form-36 Health Survey (SF-36), which assess physical disability and quality of live, respectively. The Krus-kal-Wallis test was used in order to compare the groups.

Results:

Forty-two participants (70%) are women, and the mean age was 63 years old. Patients with PAD, with or without aus, had significantly greater disability than patients without PAD (p < 0.01) on components related to walking, use of household utensils, hygiene, and reach/grip of objects. Patients with PAD, with or without lesions, reported significantly lower SF-36 scores -lower QOL- on Physical functioning, Role physical, Bodily pain, Vitality, Social functioning, and Role emotional domains, in comparison to patients from the control group (p < 0.001). Significant differences were also observed between the control group and the group with PAD and aus on the General health and Mental health domains.

Conclusion:

Patients with PAD, with or without AUS, reported difficulty in performing some activities of daily living and impaired QOL in comparison to patients without the disease.

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