Resumo Este estudo avaliou o efeito do envelhecimento artificial acelerado (EAA) na resistência da cerâmica feldspática e o reforço promovido pela cimentação adesiva com cimento resinoso. Cento e vinte discos de cerâmica feldspática foram obtidos. Sessenta discos foram condicionados com ácido, silanizados, e recobertos com um cimento resinoso experimental simulando os procedimentos de cimentação adesiva. Quatro grupos foram criados (n=30): cerâmica sem recobrimento (grupo controle), cerâmica sem recobrimento submetida ao EAA, cerâmica recoberta com cimento resinoso, cerâmica recoberta com cimento resinoso submetida ao EAA. O teste de resistência à flexão biaxial foi realizado utilizando o dispositivo pistão-anel. Resistência à flexão biaxial (s fb , MPa), resistência característica (s 0 , MPa), e módulo de Weibull (m) foram calculados para as posições axiais z=0 (superfície da cerâmica) e z=−t2 (superfície do cimento). Os dados de s fb em z=0 e z=−t2 foram submetidos a análises estatísticas separadamente (a=0,05). A cerâmica não recoberta submetida ao EAA não teve diferença significante na s fb e s 0 comparada com o grupo controle. O recobrimento com cimento resinoso da cerâmica aumentou a s fb e s 0 em z=0. O EAA aumentou a s fb e s 0 para os espécimes de cerâmica recobertos com cimento resinoso em z=0 e também a s 0 em z=−t2. A confiabilidade em z=0 e z=−t2 não foi influenciada pelas variáveis testadas. Concluindo, o recobrimento com cimento resinoso melhorou a resistência mecânica da cerâmica feldspática. O procedimento de EAA não foi efetivo em envelhecer os espécimes de cerâmica feldspática recobertos ou não com cimento resinoso.