A Comunicação Suplementar e Alternativa na percepção de familiares e fonoaudiólogos: facilitadores e barreiras
Augmentative and Alternative Communication use: family and professionals' perceptions of facilitators and barriers

CoDAS; 30 (4), 2018
Publication year: 2018

RESUMO Objetivo Conhecer facilitadores e barreiras no uso da Comunicação Suplementar e Alternativa (CSA) na percepção de familiares/cuidadores e fonoaudiólogos que atuam com pessoas usuárias de CSA nos contextos familiar, social e terapêutico. Método Estudo transversal quantitativo e qualitativo com 20 fonoaudiólogos (GF) e 20 familiares e/ou cuidadores de usuários de CSA (GFC). Realizou-se a coleta de dados por meio de entrevistas semiestruturadas com questionários específicos para cada grupo, videogravadas e transcritas para análise. Os dados foram categorizados, conforme critérios de relevância e repetição, em dois eixos temáticos principais: barreiras e facilitadores, contendo categorias e subcategorias.

Resultados Ambos os grupos apontaram como barreiras:

custo dos materiais, utilização de outras formas de comunicação, familiar como intérprete, dificuldades linguístico-cognitivas e de aceitação de uso da CSA pelos usuários, falta de compreensão/conhecimento da CSA pelos familiares e inibição da fala na percepção dos familiares.

Ambos indicaram como facilitadores:

utilização de recursos de alta tecnologia, versatilidade/disponibilidade, envolvimento/adesão familiar, uso contextualizado, importância do ambiente terapêutico, equipe e estratégias utilizadas. Conclusão Os principais interlocutores na implementação da CSA, profissionais ou familiares, podem se constituir como barreiras quando dificultam os usuários de exercer sua autonomia na comunicação ou facilitadores quando incentivam e utilizam a CSA com os usuários.
ABSTRACT Purpose To investigate the facilitators and barriers involved in the use of Augmentative and Alternative Communication (AAC) by people with complex communication needs in social and therapeutic environments under family members/caregivers and speech-language pathologists (SLP) perceptions. Methods This is a transversal quantitative and qualitative study with 20 family members/caregivers (FCG) and 20 SLP (SLPG). The data was collected by semistructured interviews with specific questionnaires for each group; recorded and transcribed for further analysis. Data was categorized in thematic axes, categories and subcategories, using recurrent and salient criteria.

The two most important topics were:

barriers and facilitators.

Results Both groups indicate as barriers:

high material cost, using other ways to communicate, family member as interpreter, language and cognitive deficits, acceptance of AAC for users and family members, lack of comprehension of AAC and family perceptions of AAC as speech suppress. As facilitators, both groups indicate the use of high technology, versatility and availability of AAC systems, family adherence and engagement, contextualized use of AAC outside of therapeutic contexts and the importance of therapeutic setting and team support. Conclusion In this way, the main interlocutors in AAC implementation, professionals or family members can be barriers when they make it difficult for users to exercise their autonomy in communication, or facilitators when they encourage and use AAC with users.

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