Rev. Col. Bras. Cir; 45 (1), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Objective:
to analyze the surgeons' subjective indications for damage control surgery, correlating with objective data about the patients' physiological state at the time the surgery was chosen. Methods:
we carried out a prospective study between January 2016 and February 2017, with 46 trauma victims who were submitted to damage control surgery. After each surgery, we applied a questionnaire to the attending surgeon, addressing the motivations for choosing the procedure. We collected data in the medical records to assess hemodynamic conditions, systolic blood pressure and heart rate on arrival at the emergency room (grade III or IV shock on arrival at the emergency room would partially justify the choice). We considered elevation of serum lactate level, prolonged prothrombin time and blood pH below 7.2 as laboratory indicators of worse prognosis, objectively corroborating the subjective choice of the procedure. Results:
the main indications for damage control surgery were hemodynamic instability (47.8%) and high complexity lesions (30.4%). Hemodynamic and laboratory changes corroborated the choice in 65.2% of patients, regardless of the time; 23.9% presented hemodynamic changes compatible with degree III and IV shock, but without laboratory alterations; 4.3% had only laboratory abnormalities and 6.5% had no alterations at all. Conclusion:
in the majority of cases, there was early indication for damage control surgery, based mainly on hemodynamic status and severity of lesions, and in 65.2%, the decision was compatible with alterations in objective hemodynamic and laboratory data.
RESUMO Objetivo:
analisar as indicações subjetivas, por parte do cirurgião, para cirurgia de controle de danos, correlacionando com dados objetivos sobre o estado fisiológico do paciente, no momento em que a cirurgia foi escolhida. Métodos:
estudo prospectivo realizado entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2017, de 46 pacientes vítimas de traumas e submetidos à cirurgia de controle de danos. Após cada cirurgia era aplicado um questionário ao cirurgião responsável, abordando as motivações para a escolha do procedimento. Foram coletados dados nos prontuários para avaliar as condições hemodinâmicas, pressão arterial sistólica e frequência cardíaca na chegada ao pronto socorro (choque grau III ou IV na chegada ao pronto socorro justificaria parcialmente a escolha). Elevação do nível sérico de lactato, tempo de protrombina alargado e pH abaixo de 7,2 foram usados como indicadores laboratoriais de pior prognóstico, corroborando objetivamente com a escolha subjetiva pela cirurgia de controle de danos. Resultados:
as principais indicações para cirurgia de controle de danos foram instabilidade hemodinâmica (47,8%) e lesões de alta complexidade (30,4%). Alterações hemodinâmicas e laboratoriais corroboraram a escolha em 65,2% dos pacientes, independente do momento; 23,9% apresentaram alterações hemodinâmicas compatíveis com choque grau III e IV, porém sem alterações laboratoriais; 4,3% apresentavam somente as alterações laboratoriais e 6,5% estavam sem alteração alguma. Conclusão:
na maioria dos casos optou-se precocemente pela cirurgia de controle de danos, baseando-se principalmente no estado hemodinâmico e gravidade das lesões, sendo que em 65,2% a decisão foi compatível com alterações de dados objetivos do estado hemodinâmico e laboratoriais.