Rev. Paul. Pediatr. (Ed. Port., Online); 36 (2), 2018
Publication year: 2018
RESUMO Objetivo:
Descrever o coeficiente de mortalidade neonatal por sepse e outras causas, além das características maternas, gestacionais, do parto, do recém-nascido e do óbito em Londrina, Paraná. Métodos:
Estudo transversal e de séries temporais. Foram estudados óbitos neonatais que continham, em qualquer campo da declaração de óbito, registro de sepse neonatal, entre 2000 e 2013. Os anos foram agrupados em biênios e realizou-se cálculo do coeficiente de mortalidade neonatal e por causas específicas, segundo 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Para a análise bivariada, considerou-se p<0,05, com cálculo da razão de prevalência e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados:
Dos 745 óbitos, em 229 (30,7%) registrou-se sepse, com coeficiente de mortalidade neonatal de 7,5 óbitos por mil nascidos vivos (NVs), estando a sepse envolvida em 2,3 óbitos por mil NVs. As causas básicas da mortalidade neonatal foram afecções originadas no período perinatal e malformações congênitas. A sepse associou-se a pré-eclâmpsia, infecção do trato urinário, Apgar no 1º e 5º minutos e ocorrência de óbito tardio. Na análise descritiva de tendência, destacou-se o aumento na proporção de mães com 35 anos ou mais e com oito ou mais anos de estudo. A cobertura de pré-natal foi elevada, porém pouco mais da metade das mães realizou sete ou mais consultas. Conclusões:
Nos 14 anos estudados, destacam-se o papel do pré-natal como ação preventiva dos agravos maternos e fetais e o aumento da idade e da escolaridade materna associados com a mortalidade neonatal.
ABSTRACT:
Objective: To describe the neonatal mortality coefficient attributed to sepsis and other causes, and to report the maternal, neonatal and death characteristics of newborn infants that died in the city of Londrina, Paraná, in Southern Brazil. Methods:
This is a cross-sectional study with a time series analysis. Neonatal deaths that contained neonatal sepsis records in any field of the death certificate between the years 2000 and 2013 were studied. The years were grouped into biennia, and cause specific neonatal mortality coefficient was calculated, according to the International Classification of Diseases, 10th revision. Results are expressed as prevalence ratio and 95% confidence interval (95CI%). For bivariate analysis, p<0.05 was considered significant. Results:
Among the 745 deaths, 229 (30.7%) had sepsis, with a neonatal mortality coefficient of 7.5 per one thousand livebirths. Sepsis was involved in 2.3 deaths per 1,000 live births. The main underlying causes were conditions originated in the perinatal period and congenital malformations. Sepsis was associated with pre-eclampsia, urinary tract infection, Apgar in the 1st and 5th minutes, and occurrence of late death. In the descriptive trend analysis, there was an increased proportion of mothers aged 35 years or older and with eight or more schooling years. Prenatal coverage was high, but a little more than half of the mothers attended seven or more medical appointments. Conclusions:
In the 14 years analyzed, the prenatal care was identified as a preventive measure against maternal and fetal disorders and the advanced maternal age was associated with neonatal mortality.