How does the patient react after reading the informed consent form of a gynecological surgery? A qualitative study
Como o paciente reage depois de ler o termo de consentimento livre e esclarecido de uma cirurgia ginecológica? Um estudo qualitativo

Rev. bras. ginecol. obstet; 40 (2), 2018
Publication year: 2018

Abstract Objective To analyze the reaction of women after reading the Informed Consent Form (ICF) before undergoing elective gynecological/urogynecological surgeries. Methods A qualitative study with 53 women was conducted between September 2014 and May 2015. The analysis of the content was conducted after a scripted interview was made in a reserved room and transcribed verbatim.We read the ICF once more in front of the patient, and then she was interviewed according to a script of questions about emotions and reactions that occurred about the procedure and her expectations about the intra- and postoperative period. Results The women had a mean age of 52 years, they were multiparous, and most had only a few years of schooling (54.7%). The majority (60.4%) of them had undergone urogynecological surgeries. Hysterectomy and colpoperineoplasty were themost frequent procedures. Ten women had not undergone any previous abdominal surgery. Fear (34.6%) was the feeling that emerged most frequently from the interviews after reading the ICF, followed by indifference (30.8%) and resignation (13.5%). Nine women considered their reaction unexpected after reading the ICF. Three patients did not consider the information contained in the ICF to be sufficient, and 3 had questions about the surgery after reading the document. Conclusion Reading the ICF generates fear in most women; however, they believe this feeling did not interfere in their decision-making process.
Resumo Objetivo Analisar a reação das mulheres após lerem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) antes de se submeterem a cirurgias ginecológicas/uroginecológicas eletivas. Métodos Um estudo qualitativo com 53 mulheres foi realizado entre setembro de 2014 e maio de 2015. A análise do conteúdo foi feita depois de uma entrevista que seguia um roteiro, que foi realizada em uma sala reservada e transcrita de forma fidedigna. Nós lemos de novo oTCLE na frente da paciente, e depois ela era entrevistada de acordo comumroteiro de questões sobre emoções e reações que ocorreram sobre o procedimento e suas expectativas sobre o período intra e pós-operatório. Resultados As mulheres tinham uma média de 52 anos, eram multíparas, e com poucos anos de educação (54,7%). A maioria (60,4%) já havia realizado cirurgias uroginecológicas. A histerectomia e a colpoperineoplastia foram as cirurgias mais frequentes. Dez mulheres não tinham sido submetidas a nenhum procedimento. O medo (34,6%) foi o sentimento que mais emergiu das entrevistas depois da leitura do TCLE, seguido da indiferença (30,8%) e da resignação (13,5%). Nove mulheres consideraram suas reações inesperadas depois da leitura do TCLE. Três pacientes não consideraram a informação do TCLE suficiente, e outras 3 tiveram dúvidas sobre a cirurgia depois de lerem o documento. Conclusão A leitura do TCLE desperta o medo namaioria dasmulheres; contudo, elas acreditam que este sentimento não interferiu na tomada de decisão relativa ao tratamento.

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