Late-Stage Diagnosis of Breast Cancer in Brazil: Analysis of Data from Hospital-Based Cancer Registries (2000-2012)
Diagnóstico de câncer de mama em estado avançado no Brasil: análise de dados dos registros hospitalares de câncer (2000-2012)

Rev. bras. ginecol. obstet; 40 (3), 2018
Publication year: 2018

Abstract Objective To analyze the time trend and the factors regarding the diagnosis of latestage breast cancer in Brazil from 2000 to 2012. Methods We conducted a retrospective cohort study using data from hospital-based cancer registries. Joinpoint regression was used to analyze the time trends of stage at diagnosis. The risk of late-stage presentation was estimated using multinomial logistic regression. Results A total of 170,757 cases were analyzed. The median time from diagnosis to treatment was of 43 days (range: 0-182 days). The percentage of cases with late-stage diagnosis decreased from2000 to 2002, with an annual percent change (APC) of -6.6%(95%confidence interval [95%CI]: -7.6--5.5%); it increased from 2002 until 2009, with an APC of 1.1% (95% CI: 0.9-1.3%), and remained stable up to 2012.Women with college education (compared with illiterate women) had less chance of having a late-stage diagnosis (odds ratio [OR]: 0.32; 95%CI: 0.29-0.35). The odds were greater among brown women (OR: 1.30; 95%CI: 1.21-1.41) and black women (OR: 1.63; 95%CI: 1.47-1.82), compared with white women. The odds were also higher for women treated in facilities located and in the Northern region of Brazil (OR: 1.23; 95%CI: 1.04-1.45) and in the Midwest (OR: 1.61;95%CI: 1.34-1.94), compared with those treated in the southern region of the country. Age, histological type, and marital status were some of the other factors that were positively related to staging at the diagnosis. Conclusion Access to diagnosis of breast cancer is uneven in Brazil, and women with lower socioeconomic status present a greater probability of having an advanced stage at diagnosis.
Resumo Objetivo Analisar a tendência temporal e os fatores relacionados ao diagnóstico do câncer de mama em estágio avançado no Brasil entre 2000 e 2012. Métodos Foi feito estudo de tendência temporal e de coorte retrospectiva e com dados do registro hospitalar de câncer. A análise de tendência temporal foi feita usando o modelo de regressão joinpoint. A chance de apresentação em estágio avançado foi estimada pelo modelo de regressão logística multinomial. Resultados Um total de 170.757 casos foram analisados. O tempo médio entre o diagnóstico e o início do tratamento foi de 43 dias (variação: 0-182 dias). O percentual de casos com estadiamento avançado ao diagnóstico diminuiu de 2000 a 2002, com uma variação percentual anual (VPA) de -6,6% (intervalo de confiança de 95% [IC95%] -7,6-5,5%); esse percentual aumentou entre 2002 e 2009, com um VPA de 1,1% (IC95%: 0,9- 1,3%), e se manteve estável de 2009 a 2012. Mulheres com ensino superior (comparadas a analfabetas) apresentaram chance menor de terem doença avançada ao diagnóstico (razão de chances [OP]: 0,32; IC95%: 0,29-0,35). As chances foram maiores entre mulheres pardas (OR: 1,30; IC95%: 1,21-1,41) e negras (OR: 1,63; IC95%: 1,47-1,82) em comparação com as brancas. Mulheres tratadas nas regiões Norte (OR: 1,23; IC95%: 1,04-1,45) e Centro-oeste (OR: 1,61; IC95%: 1,34-1,94) apresentaram maior chance de terem doença avançada ao diagnóstico quando comparadas com as tratadas na região Sul.

Outros fatores positivamente associados ao estadiamento no momento do diagnóstico foram:

idade, tipo histológico e estado civil. Conclusão O acesso ao diagnóstico de câncer de mama é desigual no Brasil, e mulheres com nível socioeconômico mais baixo têm uma probabilidade maior de ter uma doença avançada ao diagnóstico.

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