Rev. cienc. salud (Bogotá); 14 (3), 2016
Publication year: 2016
Objetivos:
contribuir a la indagación histórica de la relación entre los saberes sobre lo psíquico y la medicina infantil rioplatense, tomando como eje el problema del hospitalismo, término que alude a la desmejora psicofísica producida a raíz de la permanencia del niño en nosocomios o instituciones de crianza en común. El análisis de dicha problemática permite iluminar ciertos cambios en la concepción pediátrica del desarrollo infantil, la maternidad y la crianza, que pueden apreciarse hacia la década de 1960. Desarrollo:
las primeras décadas del periodo estudiado muestran que las intervenciones médicas en casos de hospitalismo se centraron en la supervivencia del niño. Los problemas suscitados durante la crianza en instituciones promovieron una revalorización de la crianza familiar y del papel central de la madre, en virtud del lazo biológico con su hijo. La circulación de los hallazgos de John Bowlby dio lugar a una reformulación del problema del hospitalismo y del desarrollo infantil. El estudio de los vínculos emocionales del niño con su madre cobró gran importancia en relación con su salud mental y su adaptación social. Conclusiones:
estas ideas, en cierto sentido novedosas, se inscribieron en un entramado previo de concepciones y valoraciones médicas acerca del niño, la maternidad y la crianza. La recepción local de las ideas de Bowlby contribuyó así al sostenimiento de la imagen tradicional de madre y reforzó la división social de roles, en función del género, al atribuirle a la mujer la categoría de "organizador psíquico" del niño.
Objective:
This article aims at contribute to the historical investigation of the relationship between psychological knowledge and the River Plate's childhood medicine, focusing on hospitalism, which refers to the psychophysical deterioration as a result of the child stay in hospitals or upbringing institutions. The analysis of this problem illuminate certain changes in the Pediatric conception of child development, maternity and rearing that can be seen during the 60's. Content:
The first decades of the period under study show that in cases of hospitalism the aim of medical interventions was mainly to keep the child alive. The problems during the rearing in institutional contexts promoted a revaluation of the family upbringing and the central role of the mother, biologically tied to her child. John Bowlby's findings circulation led to a reformulation of the problem of the hospitalism and child development. The study of the emotional bonding between mother and child became important for child's mental health and social adaptation. Conclusions:
these ideas were part of a previous network of medical concepts and valuations about child, motherhood and rearing. The local reception of Bowlby's ideas gave support to the traditional image of mother and reinforced the social division of roles according to gender by attributing to women the category of "psychic organizer" of the child.
Objetivos:
contribuir à indignação histórica da relação entre os saberes sobre o psíquico e a medicina infantil rio-platense tomando como eixo o problema do hospitalismo, termo que alude à piora psicofísica produzida por causa da permanência da criança em nosocômios ou instituições de criação em comum. A análise de dita problemática permite iluminar algumas mudanças na concepção pediátrica do desenvolvimento infantil, a maternidade e a criação que podem apreciar-se na década de 1960. Desenvolvimento:
as primeiras décadas do período estudado mostram que as intervenções médicas em casos de hospitalismo se centraram na supervivência da criança. Os problemas suscitados durante a criação em instituições promoveram uma revalorização da criação familiar e do papel centras da mãe, em virtude do laço biológico com o seu filho. A circulação dos achados de John Bowlby levou a uma reformulação do problema do hospitalismo e do desenvolvimento infantil. O estudo dos vínculos emocionais da criança com a sua mãe adquiriu grande importância em relação com a sua saúde mental e a sua adaptação social. Conclusões:
estas ideias, em certo sentido novas, se inscreveram em uma rede prévia de concepções e valorações médicas acerca da criança, a maternidade e a criação. A recepção local das ideias de Bowlby contribuiu assim ao sustento da imagem tradicional de mãe e reforçou a divisão social de papeis em função do gênero ao atribuir à mulher a categoria de "organizador psíquico" da criança.