Prevalence of hepatitis C virus in Brazil's inmate population: a systematic review
Prevalência do vírus da hepatite C na população carcerária do Brasil: revisão sistemática

Rev. saúde pública (Online); 49 (), 2015
Publication year: 2015

OBJECTIVE To estimate the prevalence of hepatitis C virus infection in Brazil's inmate population.METHODS Systematic review on hepatitis C virus infection in the inmate population. Brazilian studies published from January 1, 1989 to February 20, 2014 were evaluated. The methodological quality of the studies was assessed using a scale of 0 to 8 points.RESULTS Eleven eligible studies were analyzed and provided data on hepatitis C virus infection among 4,375 inmates from seven states of Brazil, with a mean quality classification of 7.4. The overall hepatitis C virus prevalence among Brazilian inmates was 13.6% (ranging from 1.0% to 41.0%, depending on the study). The chances of inmates being seropositive for hepatitis C virus in the states of Minas Gerais (MG), Sergipe (SE), Mato Grosso do Sul (MS), Rio Grande do Sul (RS), Goiás (GO) and Espirito Santo (ES) were 84.0% (95%CI 0.06;0.45), 92.0% (95%CI 0.04;0.13), 88.0% (95%CI 0.09;0.18), 74.0% (95%CI 0.16;0.42), 84.0% (95%CI 0.08;0.31) and 89.0% (95%CI 0.01;0.05) respectively, lower than that observed in the Sao Paulo state (seroprevalence of 29.3%). The four studies conducted in the city of Sao Paulo revealed a lower prevalence in more recent studies compared to older ones.CONCLUSIONS The highest prevalence of hepatitis C virus infection in Brazil's inmate population was found in Sao Paulo, which may reflect the urban diversity of the country. Despite Brazilian studies having good methodological quality to evaluate the prevalence of the hepatitis C virus, they are scarce and lack data on risk factors associated with this infection, which could support decisions on prevention and implementation of public health policies for Brazilian prisons.
RESUMOOBJETIVO Estimar prevalência de infecção pelo vírus da hepatite C entre a população carcerária no Brasil.MÉTODOS Revisão sistemática sobre infecção pelo vírus da hepatite C em populações carcerárias. Foram avaliados estudos brasileiros publicados a partir de 1 de janeiro de 1989 até 20 de fevereiro de 2014. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada utilizando-se escala de zero a oito pontos.RESULTADOS Onze estudos elegíveis foram analisados, os quais forneceram dados sobre a infecção pelo vírus da hepatite C de 4.375 detentos de sete estados do Brasil, com classificação em média de qualidade de 7,4. A prevalência de infecção pelo vírus da hepatite C na população carcerária brasileira foi 13,6%, (variando de 1,0% a 41,0%, dependendo do estudo). As chances de os indivíduos serem soropositivos para o vírus da hepatite C nos estados de Minas Gerais, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Goiás e Espírito Santo foram 84,0% (IC95% 0,06;0,45), 92,0% (IC95% 0,04;0,13), 88,0% (IC95% 0,09;0,18), 74% (IC95% 0,16;0,42), 84,0% (IC95% 0,08;0,31) e 89,0% (IC95% 0,01;0,05), respectivamente, inferiores àquela observada no estado de São Paulo (soroprevalência de 29,3%). Os quatro estudos realizados na cidade de São Paulo mostraram menor prevalência em estudos mais recentes em comparação aos mais antigos.CONCLUSÕES A maior prevalência de infecção pelo vírus da hepatite C em população carcerária do Brasil foi encontrada em São Paulo, o que pode refletir a diversidade urbana do País. Apesar de os estudos brasileiros apresentarem boa qualidade metodológica para avaliação da prevalência do vírus da hepatite C, são escassos e faltam dados sobre fatores de risco associados a esta infecção, dados esses que poderiam auxiliar nas decisões de prevenção e implementação de políticas em saúde pública para as prisões brasileiras.

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