Lack of access and continuity of adult health care: a national population-based survey
Falta de acesso e de continuidade da atenção à saúde em adultos: inquérito nacional
Rev. saúde pública (Online); 49 (), 2015
Publication year: 2015
OBJECTIVE To describe the lack of access and continuity of health care in adults.METHODS A cross-sectional population-based study was performed on a sample of 12,402 adults aged 20 to 59 years in urban areas of 100 municipalities of 23 states in the five Brazilian geopolitical regions. Barriers to the access and continuity of health care and were investigated based on receiving, needing and seeking health care (hospitalization and accident/emergency care in the last 12 months; care provided by a doctor, by other health professional or home care in the last three months). Based on the results obtained by the description of the sample, a projection is provided for adults living in Brazilian urban areas.RESULTS The highest prevalence of lack of access to health services and to provision of care by health professionals was for hospitalization (3.0%), whilst the lowest prevalence was for care provided by a doctor (1.1%). The lack of access to care provided by other health professionals was 2.0%; to accident and emergency services, 2.1%; and to home care, 2.9%. As for prevalences, the greatest absolute lack of access occurred in emergency care (more than 360,000 adults). The main reasons were structural and organizational problems, such as unavailability of hospital beds, of health professionals, of appointments for the type of care needed and charges made for care.CONCLUSIONS The universal right to health care in Brazil has not yet been achieved. These projections can help health care management in scaling the efforts needed to overcome this problem, such as expanding the infrastructure of health services and the workforce.
OBJETIVO Descrever a falta de acesso e de continuidade da atenção à saúde de adultos.MÉTODOS Estudo transversal de base populacional com 12.402 adultos entre 20 e 59 anos, residentes em áreas urbanas de 100 municípios de 23 estados brasileiros, nas cinco regiões geopolíticas. Investigaram-se as barreiras no acesso e na continuidade da atenção a partir do recebimento, necessidade e busca de algum atendimento de saúde (internação hospitalar e pronto-socorro nos 12 meses prévios ao estudo; atendimento médico, de outro profissional de saúde e domiciliar nos três meses prévios). A partir dos resultados obtidos na descrição da amostra, apresenta-se uma projeção para os adultos residentes em áreas urbanas no território nacional.RESULTADOS A prevalência de falta de acesso aos serviços e aos atendimentos com profissionais de saúde mais expressiva foi de 3,0%, para internação hospitalar, enquanto a menor prevalência foi para atendimento médico (1,1%). A falta de acesso para o atendimento com outro profissional de saúde foi de 2,0%; em pronto-socorro, 2,1%; e domiciliar, 2,9%. Quanto às prevalências, o maior número absoluto de falta de acesso foi para atendimentos de urgência (mais de 360.000 adultos). Os principais motivos foram problemas estruturais e organizacionais, como falta de leito, de profissionais, de ficha/vaga do tipo de atendimento necessário e cobrança pelo atendimento.CONCLUSÕES O direito universal à saúde no Brasil ainda não foi alcançado. As projeções podem apoiar a gestão no dimensionamento de esforços dirigidos ao seu enfrentamento, como a ampliação da estrutura física dos serviços e da força de trabalho.
Brasil, Continuidad de la Atención al Paciente/estadística & datos numéricos, Estudios Transversales, Accesibilidad a los Servicios de Salud/estadística & datos numéricos, Necesidades y Demandas de Servicios de Salud/estadística & datos numéricos, Disparidades en Atención de Salud/estadística & datos numéricos, Hospitalización, Persona de Mediana Edad, Programas Nacionales de Salud, Factores Socioeconómicos, Población Urbana