Rev. saúde pública (Online); 49 (), 2015
Publication year: 2015
ABSTRACT OBJECTIVE:
To analyze whether sociodemographic characteristics, consultations and care in special services are associated with scheduled infectious diseases appointments missed by people living with HIV. METHODS:
This cross-sectional and analytical study included 3,075 people living with HIV who had at least one scheduled appointment with an infectologist at a specialized health unit in 2007. A secondary data base from the Hospital Management & Information System was used. The outcome variable was missing a scheduled medical appointment. The independent variables were sex, age, appointments in specialized and available disciplines, hospitalizations at the Central Institute of the Clinical Hospital at the Faculdade de Medicina of the Universidade de São Paulo, antiretroviral treatment and change of infectologist. Crude and multiple association analysis were performed among the variables, with a statistical significance of p ≤ 0.05. RESULTS:
More than a third (38.9%) of the patients missed at least one of their scheduled infectious diseases appointments; 70.0% of the patients were male. The rate of missed appointments was 13.9%, albeit with no observed association between sex and absences. Age was inversely associated to missed appointment. Not undertaking anti-retroviral treatment, having unscheduled infectious diseases consultations or social services care and being hospitalized at the Central Institute were directly associated to missed appointments. CONCLUSIONS:
The Hospital Management & Information System proved to be a useful tool for developing indicators related to the quality of health care of people living with HIV. Other informational systems, which are often developed for administrative purposes, can also be useful for local and regional management and for evaluating the quality of care provided for patients living with HIV.
RESUMO OBJETIVO:
Analisar se características sociodemográficas e consultas e atendimentos em especialidades estão associados à falta de pessoas vivendo com HIV em consultas agendadas de infectologia. MÉTODOS:
Neste estudo transversal e analítico foram incluídas 3.075 pessoas vivendo com HIV, com pelo menos uma consulta de infectologia agendada em unidade de saúde especializada em 2007. Foi utilizada base de dados secundários do Sistema de Informação e Gestão Hospitalar. A variável desfecho foi a falta em consulta agendada. As variáveis independentes foram sexo, idade, consultas e atendimentos em especialidades e disciplinas disponíveis, internações no Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, tratamento antirretroviral e troca de médico infectologista. Realizada análise de associação bruta e múltipla entre as variáveis, com significância estatística se p ≤ 0,05. RESULTADOS:
Mais de um terço (38,9%) dos pacientes faltaram em pelo menos uma consulta de infectologia; 70,0% dos pacientes eram do sexo masculino. A taxa de faltas foi de 13,9%, mas não foi observada associação entre sexo e falta. A idade foi inversamente associada à falta. Não estar em tratamento antirretroviral, comparecer à consulta de infectologia sem agendamento ou a atendimento de serviço social e ser internado no Instituto Central foram diretamente associados à falta. CONCLUSÕES:
O Sistema de Informação e Gestão Hospitalar mostrou ser instrumento útil para a elaboração de indicadores relacionados à qualidade da atenção à saúde de pessoas vivendo com HIV. Outros sistemas de informação, frequentemente desenvolvidos para finalidades administrativas, também podem ser úteis para gestão local e regional e para avaliação da qualidade da atenção aos pacientes vivendo com HIV.