Educational inequality in the occurrence of abdominal obesity: pró-saúde study
Desigualdade educacional na ocorrência de obesidade abdominal: estudo pró-saúde

Rev. saúde pública (Online); 49 (), 2015
Publication year: 2015

OBJECTIVE To estimate the degree of educational inequality in the occurrence of abdominal obesity in a population of non-faculty civil servants at university campi.METHODS In this cross-sectional study, we used data from 3,117 subjects of both genders aged 24 to 65-years old, regarding the baseline ofPró-Saúde Study, 1999-2001. Abdominal obesity was defined according to abdominal circumference thresholds of 88 cm for women and 102 cm for men. A multi-dimensional, self-administered questionnaire was used to evaluate education levels and demographic variables. Slope and relative indices of inequality, and Chi-squared test for linear trend were used in the data analysis. All analyses were stratified by genders, and the indices of inequality were standardized by age.RESULTS Abdominal obesity was the most prevalent among women (43.5%; 95%CI 41.2;45.9), as compared to men (24.3%; 95%CI 22.1;26.7), in all educational strata and age ranges. The association between education levels and abdominal obesity was an inverse one among women (p < 0.001); it was not statistically significant among men (p = 0.436). The educational inequality regarding abdominal obesity in the female population, in absolute terms (slope index of inequality), was 24.0% (95%CI 15.5;32.6). In relative terms (relative index of inequality), it was 2.8 (95%CI 1.9;4.1), after the age adjustment.CONCLUSIONS Gender inequality in the prevalence of abdominal obesity increases with older age and lower education. The slope and relative indices of inequality summarize the strictly monotonous trend between education levels and abdominal obesity, and it described educational inequality regarding abdominal obesity among women. Such indices provide relevant quantitative estimates for monitoring abdominal obesity and dealing with health inequalities.
OBJETIVO Estimar o grau de desigualdade educacional na ocorrência de obesidade abdominal em população de funcionários técnico-administrativos de universidade.MÉTODOS Neste estudo seccional, utilizamos dados de 3.117 participantes de 24 a 65 anos de idade, de ambos os sexos, referentes à linha de base do Estudo Pró-Saúde, 1999-2001. Obesidade abdominal foi definida segundo pontos de corte para circunferência abdominal de 88 cm para mulheres e 102 cm para homens. Questionário multidimensional autopreenchível foi usado para avaliar escolaridade e variáveis demográficas. Na análise dos dados foram utilizados os índices angular e relativo de desigualdade e o teste de Qui-quadrado para tendência linear. Todas as análises foram estratificadas por gênero e os índices de desigualdade padronizados por idade.RESULTADOS Prevalência de obesidade abdominal foi maior entre as mulheres (43,5%; IC95% 41,2;45,9), comparado aos homens (24,3%; IC95% 22,1;26,7), em todos os estratos educacionais e faixas etárias. Associação entre escolaridade e obesidade abdominal foi inversa entre as mulheres (p < 0,001) e estatisticamente não significativa entre os homens (p = 0,436). O grau de desigualdade educacional na obesidade abdominal na população feminina em termos absolutos (Índice Angular de Desigualdade) foi 24,0% (IC95% 15,5;32,6), e em termos relativos (Índice Relativo de Desigualdade) foi 2,8 (IC95% 1,9;4,1), após ajuste por idade.CONCLUSÕES A desigualdade de gênero na prevalência de obesidade abdominal aumenta com a idade e menor escolaridade. Os índices angular e relativo de desigualdade resumem a tendência estritamente monotônica entre escolaridade e obesidade abdominal, descrevendo a desigualdade educacional na obesidade abdominal entre as mulheres. Tais índices proporcionam estimativas quantitativas relevantes para o monitoramento da obesidade abdominal e enfrentamento das desigualdades em saúde.

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