Hospitalization due to drug use did not change after a decade of the psychiatric reform
Hospitalizações por uso de drogas não se alteram com uma década de reforma psiquiátrica
Rev. saúde pública (Online); 50 (), 2016
Publication year: 2016
ABSTRACT OBJECTIVE To investigate whether the psychiatric hospitalization rates due to use of psychoactive substances and average time of hospitalization suffered any changes after the first decade of effective implementation of the psychiatric reform in Brazil. METHODS This article examines the evolution of hospitalizations due to disorders arising from the use of alcohol or other substances in the state of Santa Catarina, Southern Brazil, from 2000 to 2012. This is an ecological, time-series study, which uses data from admissions obtained by the Informatics Service of the Brazilian Unified Health System. Hospitalization rates by 100,000 inhabitants and average time of occupancy of beds were estimated. Coefficients of variation of these rates were estimated by Poisson Regression. RESULTS The total and male hospitalization rates did not vary (p = 0.056 and p = 0.244, respectively). We observed an increase of 3.0% for the female sex (p = 0.049). We did not observe any significant variation for occupancy time of beds. CONCLUSIONS The deployment of services triggered by the Brazilian psychiatric reform was not accompanied by a reduction of hospitalization rates or mean occupancy time of hospitalized patients during this first decade of implementation of the reform.
RESUMO OBJETIVO Investigar se as taxas de internações psiquiátricas por uso de substâncias psicoativas e o tempo médio de hospitalização se modificaram após a primeira década de efetiva implementação da reforma psiquiátrica no Brasil. MÉTODOS Este artigo analisa a evolução das hospitalizações devido a transtornos decorrentes do uso de álcool ou outras substâncias no estado de Santa Catarina, de 2000 a 2012. Trata-se de estudo ecológico, de série temporal, com dados de internações obtidas do Serviço de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram estimadas taxas de hospitalização por 100 mil habitantes e tempo médio de ocupação dos leitos. Foram estimados coeficientes de variação dessas taxas por Regressão de Poisson. RESULTADOS As taxas de internação total e para o sexo masculino não variaram (p = 0,244 e p = 0,056, respectivamente). Houve incremento de 3,0% para o sexo feminino (p = 0,049). Não se observou variação significativa para tempo de ocupação dos leitos. CONCLUSÕES A implantação de serviços desencadeada pela reforma psiquiátrica brasileira não foi acompanhada de redução das taxas de hospitalização ou tempo médio de permanência de quem foi hospitalizado ao longo dessa primeira década de implantação da reforma.