Depressive symptomatology among residents of the rural area of a city in Southern Brazil
Sintomatologia depressiva entre moradores da zona rural de uma cidade no Sul do Brasil
Rev. saúde pública (Online); 52 (supl.1), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the prevalence and demographic, socioeconomic, behavioral and health factors associated with depressive symptomatology in rural residents. METHODS This is a population-based, cross-sectional study with a representative sample of 1,453 residents aged 18 years or over of the rural area of the city of Pelotas, State of Rio Grande do Sul, Brazil. We used the Edinburgh Postnatal Depression Scale to evaluate depressive symptomatology, considering the cutoff point ≥ 8 points. We evaluated the association between the outcome and the independent variables using Poisson regression. RESULTS The prevalence of depressive symptomatology was 35.4% (95%CI 31.5-39.3). After adjustment, the depressive symptomatology was higher among women (PR = 1.77, 95%CI 1.46-2.15), individuals with low education level (0-4 years of study) (PR = 1.62, 95%CI 1.22-2.16), worse socioeconomic conditions (classes D or E) (PR = 1.49, 95%CI 1.22-1.83), and with chronic diseases (PR = 1.74, 95%CI 1.24-2.45). CONCLUSIONS The high prevalence of depressive symptomatology in rural residents indicates the relevance of depression as an important public health problem in this population. Specific attention should be aimed at the subgroups that presented the highest prevalence of symptomatology.
RESUMO OBJETIVO Avaliar a prevalência e os fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e de saúde associados à sintomatologia depressiva em moradores na zona rural. MÉTODOS Estudo transversal de base populacional realizado com amostra representativa de 1.453 residentes na zona rural do município de Pelotas, RS, com 18 anos ou mais. Utilizou-se a Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo para avaliar a sintomatologia depressiva, considerando ponto de corte ≥ 8 pontos. A associação entre o desfecho e as variáveis independentes foi avaliada por regressão de Poisson. RESULTADOS A prevalência de sintomatologia depressiva foi de 35,4% (IC95% 31,5-39,3). Após o ajuste, a sintomatologia depressiva foi maior entre as mulheres (RP = 1,77; IC95% 1,46-2,15), indivíduos com baixa escolaridade (0-4 anos completos de estudo) (RP = 1,62; IC95% 1,22-2,16), pior condição socioeconômica (classes D ou E) (RP = 1,49; IC95% 1,22-1,83) e com doenças crônicas (RP = 1,74; IC95% 1,24-2,45). CONCLUSÕES A alta prevalência de sintomatologia depressiva em moradores rurais indica a relevância da depressão como importante problema de saúde pública também nessa população. Atenção específica deve ser direcionada aos subgrupos que apresentaram as maiores prevalências de sintomatologia.