Epidemiology of smoking in the rural area of a medium-sized city in Southern Brazil
Epidemiologia do tabagismo em zona rural de um município de médio porte no Sul do Brasil

Rev. saúde pública (Online); 52 (supl.1), 2018
Publication year: 2018

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the prevalence of smoking and associated factors among rural residents. METHODS This is a population-based, cross-sectional study of 1,519 individuals carried out in 2016. We randomly selected 24 of the 50 census tracts that make up the eight rural districts of the city of Pelotas, State of Rio Grande do Sul, Brazil. All individuals aged 18 years or more living in the randomly selected households were eligible. Smokers were all those who smoked ≥ 1 cigarette/day for at least one month or declared that they had stopped smoking for less than one month. The independent variables included socioeconomic, demographic, behavioral, and health characteristics. We investigated age of onset, duration of addiction, number of cigarettes smoked/day, pack-years, and types of cigarettes consumed. Poisson regression was performed to calculate the adjusted prevalence ratios (PR) and 95% confidence intervals (95%CI). RESULTS The prevalence of smoking was 16.6% (95%CI 13.6-20.0), and it was twice as high in men in relation to women (PR = 1.99, 95%CI 1.44-2.74), in socioeconomic class D or E in relation to class A or B (PR = 2.23, 95%CI 1.37-3.62), and in those who considered their health poor or very poor in relation those with good or very good health (PR = 2.02, 95%CI 1.33-3.08). It was also higher in persons aged 30-59 years (compared to those aged < 30 years), with 5-8 years of education level (compared to those with ≥ 9 years), and with positive screening for alcohol-related disorder. Prevalence was lower among individuals who were overweight or obese than in those with normal weight. Smoking began on average at 16.9 years, with an average consumption of approximately 14 cigarettes/day and mean pack-years of 22 packs/year. The paper hand-rolled cigarette was the most consumed (57.6%). CONCLUSIONS Approximately one in six adults in rural Pelotas is a current smoker. The findings show the existence of social inequalities related to smoking addiction. Actions to prevent and control smoking should continue to be stimulated, especially in the most vulnerable subgroups.
RESUMO OBJETIVO Estimar a prevalência de tabagismo e fatores associados entre moradores de zona rural. MÉTODOS Estudo transversal de base populacional realizado com 1.519 indivíduos, em 2016. Foram aleatoriamente selecionados 24 dos 50 setores censitários que compõem os oito distritos rurais do município de Pelotas, RS. Indivíduos ≥ 18 anos residentes nos domicílios aleatoriamente selecionados eram elegíveis. Foram considerados tabagistas aqueles que fumavam ≥ 1 cigarro/dia há pelo menos um mês ou que declararam haver parado de fumar há menos de um mês. As variáveis independentes incluíram características socioeconômicas, demográficas, comportamentais e de saúde.

Foram investigados:

idade de início, duração da adição, número de cigarros fumados/dia, carga tabágica e tipos de cigarros consumidos. Foi realizada regressão de Poisson para cálculo das razões de prevalências (RP) ajustadas e intervalos de confiança de 95% (IC95%). RESULTADOS A prevalência de tabagismo foi 16,6% (IC95% 13,6-20,0), sendo duas vezes maior nos homens do que nas mulheres (RP = 1,99; IC95% 1,44-2,74), na classe econômica D ou E do que na A ou B (RP = 2,23; IC95% 1,37-3,62) e naqueles que consideraram sua saúde ruim ou muito ruim, comparados àqueles que a consideraram muito boa ou boa (RP = 2,02; IC95% 1,33-3,08). Também foi superior em pessoas com 30-59 anos (comparadas àquelas com < 30 anos), com 5-8 anos de escolaridade (comparados às pessoas com ≥ 9 anos), e com rastreio positivo para transtorno relacionado ao consumo de álcool. A prevalência foi menor entre indivíduos com sobrepeso ou obesidade, em comparação aos eutróficos. O tabagismo iniciou em média aos 16,9 anos, com consumo médio de cerca de 14 cigarros/dia e carga tabágica média de 22 maços/ano. O cigarro de papel enrolado à mão foi o mais consumido (57,6%). CONCLUSÕES Aproximadamente um em cada seis adultos da zona rural de Pelotas é fumante atual. Os achados evidenciam a existência de desigualdades sociais relacionadas à adição tabágica. Ações de prevenção e controle do tabagismo devem continuar sendo estimuladas, sobretudo nos subgrupos mais vulneráveis.

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