Permanência prolongada na postura sentada e desconforto físico em estudantes universitários
Prolonged sitting and physical discomfort in university students
Acta fisiátrica; 22 (4), 2015
Publication year: 2015
A evolução do homem promoveu adoção da postura sentada por períodos prolongados, induzindo
alterações biomecânicas e fisiológicas no corpo. No ensino, a adoção desta postura pode induzir distúrbios
musculoesqueléticos e desconforto físico, associado ou não com aprendizagem.
Objetivo:
Quantificar e caracterizar o tempo de permanência na postura sentada por estudantes universitários e avaliar relação do tempo com queixas de dor e/ou desconforto.Método:
Estudo quali-quantitativo. Coleta dos dados feita por meio de diário. Participaram 47 universitários que registraram número de horas na postura sentada, atividades, presença de dor e/ou desconforto e responderam pergunta aberta sobre suas observações referentes ao período experimental. Foi realizada análise estatística descritiva e calculado o coeficiente de correlação de Spearman entre elas, duas a duas. As respostas à pergunta aberta foram categorizadas e agrupadas segundo a frequência e similaridade.Resultados:
Estudantes avaliados permaneceram longos períodos sentados (13,4 DP 1,5 horas). Percepção de desconforto do mobiliário foi relevante. Queixas de desconforto e/ou dor podem estar relacionadas com a permanência prolongada na postura sentada. Os locais com mais queixas de dor foram a cabeça, região cervical, ombros e lombossacral. Quanto maior o tempo na postura sentada, maior a incidência de queixas dor. Não se pode afirmar que a dor provoque ou aumente o nível de estresse.Conclusão:
O diário foi ferramenta útil para coleta de dados e serviu como instrumento de interferência na auto-observação e autocuidado. Este estudo contribui para o entendimento de como a postura sentada afeta universitários e fornece indicadores para futuras intervenções
The evolution of man promoted the adoption of the sitting position for prolonged periods, inducing
biomechanical and physiological changes in the body. In an educational setting, adopting
this posture can induce musculoskeletal disorders and physical discomfort associated or not with
learning.