Rev. bras. med. fam. comunidade; 13 (40), 2018
Publication year: 2018
Introdução:
O Coeficiente de Mortalidade Infantil, indicador das condições sociais e de saúde
da população, tem capacidade para orientar a proposição de políticas públicas, instalação e
previsão de recursos humanos em saúde. Territórios com elevada mortalidade infantil tendem a ser
mais vulneráveis e a necessitarem de uma atenção primária bem estruturada. Objetivo:
Mapear
a mortalidade infantil e descrever a distribuição geográfica dos serviços e recursos humanos
de atenção primária (concentração e “vazios” assistenciais) em Porto Alegre, nos anos 2010 e
2014. Métodos:
Estudo descritivo, delineamento ecológico, com emprego de dados secundários
disponíveis em sistemas de informações em saúde. O tratamento dos dados ocorreu pelo framework
Enyalius. Resultados:
Dos 143 serviços, 65% possuem saúde da família, com cobertura de 36,5%
da população. Os usuários adscritos por serviço variam de 700 a 115.673 habitantes; 35% dos
serviços possuem menos de 4.000 habitantes adscritos. A distribuição de médicos e enfermeiros
variou de 0,14 a 5,71 por 4.000 habitantes. Serviços com elevada densidade populacional possuem
modelo operacional tradicional e déficit de profissionais. As regiões das Ilhas e do Extremo Sul,
locais com elevada mortalidade infantil, apresentam, em maior área territorial, número adequado
de médicos e enfermeiros. Observou-se elevada heterogeneidade na distribuição da mortalidade
infantil (zero a 52,63 por 1.000 nascidos vivos) em 2014. Conclusão:
Um terço da população de
Porto Alegre é assistida pela saúde da família. Locais com elevada mortalidade infantil apresentaram
número de médicos e enfermeiros próximo ao preconizado. Esse estudo é gerador de hipótese
para futuras investigações epidemiológicas na área de atenção primária.
Introduction:
The Child Mortality Coefficient, an indicator of the social and health conditions of the population, has the capacity to guide the proposal of public policies, installation and forecasting of human resources in health. Territories with high infant mortality tend to be more vulnerable and require more structured primary care. Objective:
To map infant mortality and describe the geographic distribution of primary care services and human resources (concentration and care “gaps”) in Porto Alegre, in the years 2010 and 2014. Methods:
Descriptive study, ecological design, employing secondary data available in health information systems. Data processing was performed by the Enyalius framework. Results:
Of the 143 services, 65% have family health, with coverage of 36.5% of the population. The number of users adjoined per service ranges from 700 to 115,673 inhabitants; 35% of the services have less than 4,000 adjoined inhabitants. The distribution of doctors and nurses ranged from 0.14 to 5.71 per 4,000 inhabitants. Services with a high population density have a traditional operating model and a professional deficit. The regions of the Islands and of the Extreme South, places with high infant mortality, present, in a larger territorial area, an adequate number of doctors and nurses. There was a high heterogeneity in the distribution of infant mortality (zero to 52.63 per 1,000 live births) in 2014. Conclusion:
One-third of the Porto Alegre population is assisted by family health. Locations with high infant mortality presented a number of doctors and nurses close to that recommended. This study generates hypotheses for future epidemiological investigations in the primary care area.
Introducción:
El Coeficiente de Mortalidad Infantil, indicador de las condiciones sociales y de salud de la población, tiene capacidad para orientar la proposición de políticas públicas, instalación y previsión de recursos humanos en salud. Los territorios con una elevada mortalidad infantil tienden a ser más vulnerables y a necesitar de una atención primaria bien estructurada. Objetivo:
Mapear la mortalidad infantil y describir la distribución geográfica de los servicios y recursos humanos de atención primaria (concentración y “vacíos” asistenciales) en Porto Alegre, en los años 2010 y 2014. Métodos:
Estudio descriptivo, delineamiento ecológico, con empleo de datos secundarios disponibles en sistemas de información en salud. El tratamiento de los datos ocurrió por el framework enyalius. Resultados:
De los 143 servicios, 65% poseen salud de la familia, con cobertura del 36,5% de la población. El número de usuarios adscritos por servicio varía de 700 a 115.673 habitantes; El 35% de los servicios tienen menos de 4.000 habitantes adscritos. La distribución de médicos y enfermeros varió de 0,14 a 5,71 por 4.000 habitantes. Los servicios de alta densidad de población tienen un modelo operativo tradicional y un déficit de profesionales. Las regiones de las Islas y del extremo Sur, ubicadas con elevada mortalidad infantil, presentan, en mayor área territorial, número adecuado de médicos y enfermeros. Se observó una elevada heterogeneidad en la distribución de la mortalidad infantil (cero a 52,63 por 1.000 nacidos vivos) en 2014. Conclusión:
Un tercio de la población de Porto Alegre es asistida por la salud de la familia. Los lugares con elevada mortalidad infantil presentaran un número de médicos y enfermeros próximo al previsto. Este estudio es generador de hipótesis para futuras investigaciones epidemiológicas en el área de atención primaria.