Avaliação da cavidade nasal de camundongos submetidos à exposição ao herbicida ácido 2, 4- diclorofenoxiacético
Evaluation of the nasal cavity mice submitted to the inhalation exposure to the herbicide 2, 4 - dichlorophenoxyacetic acid
Medicina (Ribeiräo Preto); 51 (4), 2018
Publication year: 2018
No último ano, o Brasil apresentou um aumento de 190% na utilização de agrotóxicos, o que
implica em um grave problema de saúde pública. O ácido 2,4-diclorofenoxiacético possui classificação toxicológica I (extremamente tóxico) e por ser muito volátil, favorece a contaminação de
solos, águas, animais e seres humanos.
Modelo do estudo:
Estudo Experimental.Objetivo:
Analisar o infiltrado inflamatório de camundongos submetidos à nebulização aguda ao herbicida ácido 2,4-diclorofenoxiacético, em diferentes intervalos de tempo e concentrações.Métodos:
Foram utilizados 80 camundongos Swiss machos divididos em quatro grupos (n=20): salina, baixa (3,71 x 10-3 gramas de ingrediente ativo por hectare), média (6,19 x 10-3 gramas de ingrediente ativo por hectare) e alta concentração (9,28 x10-3 gramas de ingrediente ativo por hectare). Todos os animais foram expostos às nebulizações preconizadas para cada grupo por 15 minutos, em diferentes intervalos de tempo: 24, 48, 72 e 192 horas. O protocolo de exposição contou com duas caixas ligadas a um nebulizador ultrassônico e o vestíbulo nasal de cada animal foi retirado após a eutanásia, para a análise histológica.Resultados:
A contagem de mastócitos apresentou valores significativamente aumentados no grupo alta concentração, no intervalo de tempo de 48 horas, quando comparado ao de 24 horas.Conclusão:
Os resultados mostraram que a exposição aguda ao herbicida ácido 2,4-diclorofenoxiacético aumenta a produção de mastócitos na cavidade nasal de animais expostos a altas concentrações, e que podem estar relacionados ao surgimento de reações alérgicas. (AU)
In the last year, Brazil presented a 190% increase in the use of agrochemicals, which implies a
serious public health problem. 2,4-Dichlorophenoxyacetic acid has toxicological classification I
(extremely toxic) and because it is very volatile, it favors the contamination of soils, water, animals and humans.