Medicina (Ribeiräo Preto); 51 (4), 2018
Publication year: 2018
Modelo do estudo:
estudo epidemiológico, transversal, analítico, de base populacional. Objetivo
do estudo:
estimar a prevalência de polifarmácia em idosos comunitários e identificar os fatores
associados em área não metropolitana do Brasil. Metodologia:
Trata-se de estudo epidemiológico,
transversal, analítico, de base populacional. Foi conduzido em Montes Claros – Minas Gerais,
Brasil, a partir de uma amostragem censitária por conglomerado. Investigou-se a associação
entre a variável dependente, polifarmácia (uso de cinco ou mais medicamentos), e as variáveis
independentes (sociodemográficas e relativas à saúde). Após a análise bivariada, as variáveis
associadas até o nível de 25% foram analisadas de maneira conjunta por meio de Regressão
Logística. O nível de significância final assumido foi de 5%. Resultados:
entre os 686 idosos
avaliados, a prevalência de polifarmácia foi de 23,5%. No modelo final, permaneceram como
fatores associados ao desfecho: hipertensão arterial, diabetes mellitus, problema cardíaco, osteoporose, acidente vascular encefálico, fragilidade e não saber ler. Conclusão:
houve elevada
prevalência de polifarmácia e importantes associações com fatores relativos às doenças crônicas
e à fragilidade, sendo o fato de saber ler um fator de proteção. Tais constatações reforçam a
necessidade de uma assistência de qualidade que reconheça as especificidades dos idosos comunitários na realidade evidenciada. (AU)
Study model:
an epidemiological, cross-sectional, analytical, population-based study. Objective:
to estimate the prevalence of polypharmacy among elderly individuals in the community and to identify the factors associated in a non-metropolitan area of Brazil. Methodology:
this is an
epidemiological, cross-sectional, analytical, population-based study. It was conducted in Montes
Claros-Minas Gerais, Brazil, by a census sampling by conglomerate. We investigated the association between the dependent variable, polypharmacy (use of five or more drugs), and independent
variables (sociodemographic and health-related). After the bivariate analysis, the associated variables up to the level of 25% were analyzed jointly by means of Logistic Regression. The level of
final significance assumed was 5%. Results:
Among the 686 elderly individuals, the prevalence of
polypharmacy was 23.5%. In the final model, remained as factors associated with the outcome:
arterial hypertension, diabetes mellitus, heart problem, osteoporosis, stroke, fragility and not
knowing how to read. Conclusion:
There was a high prevalence of polypharmacy and important
associations with factors related to chronic diseases and frailty, being able to read a protection
factor. These findings reinforce the need for quality care that recognizes the specificities of the
elderly in the community. (AU)