Acta bioeth; 24 (2), 2018
Publication year: 2018
Resumen:
La idiosincrasia de la profesión médica, los rasgos de personalidad característicos del médico y la falta de formación específica para reconocer y tratar adecuadamente la propia vulnerabilidad, predisponen a este colectivo a padecer más patología mental y, probablemente, un deficiente tratamiento de otras enfermedades. La mayoría de los estudios realizados hasta el momento se centran en la patología mental y adictiva del médico, desde el punto de vista del riesgo para la mala praxis y la seguridad de sus pacientes. La revisión narrativa de la literatura científica realizada (MEDLINE, EMBASE e IME 1985-2016) ha mostrado que, en el entorno hispanoparlante, apenas disponemos de información actualizada sobre el médico como paciente, a pesar de ser un tema de indudable relevancia desde el punto de vista de la seguridad asistencial, del profesionalismo y del propio bienestar de los profesionales. La situación del médico que enferma es compleja y poco conocida, con conflicto de roles y con repercusiones en la ética profesional y la calidad asistencial.
Abstract:
The idiosyncrasy of the medical profession, the characteristic personality traits of the physician and the lack of specific training to properly recognize and treat one's own vulnerability dispose this group to suffer more mental pathology and probably worse control of other medical diseases. Most of the studies promoted so far focus on the psychiatric and addictive concerns of the physician, from the point of view of the sick doctor as being at risk for malpractice and to guarantee the safety of their patients. The narrative review of scientific literature (MEDLINE, EMBASE and IME 1985-2016) has shown that we do not have in the Spanish-speaking environment updated information about the doctor as a patient, despite being a topic of incipient media repercussion and undoubtedly relevant from the point of view of patient safety, professionalism and medical ethics and as well as the welfare of professionals. The characteristic of a sick doctor are more complex than the rest of patients with a conflict of roles and repercussions on professional ethics and the quality of care.
Resumo:
A idiossincrasia da profissão médica, as características de personalidade característica do médico e a falta de formação específica para reconhecer e, corretamente, tratar a própria vulnerabilidade, predispõem esse grupo a sofrer mais patologias mentais, e provavelmente tratamento deficiente de outras doenças. A maioria dos estudos realizados até agora tem como foco a patologia mental e o comportamento aditivo do médico, do ponto de vista do risco por negligência e segurança de seus pacientes. A revisão narrativa da literatura científica realizada (MEDLINE, EMBASE e IME 1985-2016) tem mostrado que no ambiente de idioma hispânico temos apenas informações atualizadas sobre o médico como paciente, apesar de ser uma questão de relevância inquestionável do ponto de vista da segurança assistencial, do profissionalismo e do próprio bem-estar dos profissionais. A situação do médico enfermo é complexa e pouco conhecida, com conflito de papéis e impacto sobre a ética profissional e a qualidade dos cuidados médicos. São necessários mais estudos, tanto quantitativos como qualitativos, que permitam compreender o processo do adoecimento dos médicos em cada um dos seus estágios profissionais (desde a graduação até a aposentadoria) para ser capaz de considerar estratégias para a melhoria na atenção da saúde desses profissionais.