Câncer pancreático no Brasil: tendências e projeções da mortalidade até 2029. Arq Gastroenterol
Pancreatic cancer in brazil: mortality trends and projections until 2029
Arq. gastroenterol; 55 (3), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT BACKGROUND:
Pancreatic cancer is one of the main cancer-related causes of death in developed countries, and one of the most lethal malignant neoplasms. This type of cancer is classified as the ninth most frequent in the world.OBJECTIVE:
Analyze temporal trends for pancreatic cancer in Brazil in the period 2000-2014 and calculate mortality projections for the period 2015-2029.METHODS:
Ecological study, with temporal series, based on information provided by the Brazilian Mortality Information System. Analysis included deaths due to pancreatic malignant neoplasms in Brazil in the period 2000-2014, and analyzed according to sex, age group and Brazilian geographic regions. Projections were made until 2029 in five-year periods, calculated in Nordpred (within the R software). Mortality trends were analyzed by Joinpoint regression.RESULTS:
Between 2000 and 2014, there were 112,533 deaths due to pancreatic cancer in Brazil. Age-standardised rates was 5.1 deaths/100,000 men and 3.81 deaths/100,000 women. The highest rates were registered for the Midwest region, for both genders. Projections indicated that for the five-year period 2025-2029 there will be increased mortality rates for men in the Northeast and Midwest regions. Joinpoint analysis for Brazil did not reveal significant increases for women (APC=0.4%; 95% CI: -0.2; 1.0), however, there was a significant increasing mortality trend for men (APC= 3.7%; 95% CI: 0.6-7.0) in the period 2000-2004, followed by a stable period, an then another period of significant increases after 2010. These figures are mostly explained by variations in the Brazilian demographic structure.CONCLUSION:
Pancreatic cancer mortality is unequally distributed across Brazilian regions and genders, and during the next two decades the differences will be accentuated.RESUMO CONTEXTO:
O câncer de pâncreas é uma das principais causas de morte relacionadas ao câncer em países desenvolvidos, e uma das neoplasias malignas mais letais. Este tipo de câncer é classificado como o nono mais frequente do mundo.OBJETIVO:
Analisar as tendências temporais do câncer de pâncreas no Brasil no período de 2000-2014, e calcular as projeções de mortalidade para o período de 2015-2029.MÉTODOS:
Estudo ecológico, de séries temporais, baseado em informações advindas do Sistema de Informações sobre Mortalidade brasileiro. A análise incluiu os óbitos por neoplasias malignas pancreáticas no Brasil, no período de 2000 a 2014, avaliados segundo sexo, faixa etária e regiões geográficas brasileiras. As projeções foram feitas até 2029, em períodos de cinco anos, calculados no Nordpred (no software R). E as tendências de mortalidade foram analisadas por regressão Joinpoint.RESULTADOS:
Entre 2000 e 2014, ocorreram 112.533 mortes por câncer de pâncreas no Brasil. A taxa padronizada foi de 5,1 mortes /100.000 homens e 3,81 mortes /100.000 mulheres. As maiores taxas foram registradas para a região Centro-Oeste, para os dois gêneros. As projeções indicaram que, para o quinquênio 2025-2029, haverá aumento nas taxas de mortalidade de homens nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. A análise do joinpoint para o Brasil não revelou aumento significativo para as mulheres (APC=0,4%; IC95%: -0,2; 1,0), entretanto, houve um aumento significativo da tendência de mortalidade para homens (APC=3,7%; IC95%: 0,6-7,0) no período 2000-2004, seguido de um período de estabilidade e, em seguida, aumento significativo após 2010. Esses resultados são explicados principalmente por variações na estrutura demográfica brasileira.CONCLUSÃO:
A mortalidade por câncer de pâncreas está distribuída de forma desigual nas regiões e gêneros brasileiros e, nas próximas duas décadas, as diferenças serão acentuadas.
Factores de Edad, Brasil/epidemiología, Predicción, Geografía, Persona de Mediana Edad, Mortalidad/tendencias, Neoplasias Pancreáticas/mortalidad, Valores de Referencia, Medición de Riesgo, Factores de Riesgo, Factores Sexuales, Factores Socioeconómicos, Análisis Espacio-Temporal, Factores de Tiempo