Cad. Saúde Pública (Online); 34 (10), 2018
Publication year: 2018
Resumo:
Este estudo objetiva analisar a tendência temporal da prática de atividade física no lazer entre adultos, nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, entre 2006 e 2016. Foram utilizados dados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), coletados pelo Ministério da Saúde no período entre 2006 e 2016 (n = 572.437). O VIGITEL entrevista anualmente mais de 50 mil indivíduos adultos (idade ≥ 18 anos) que residem em domicílios com telefone fixo. As principais questões do VIGITEL de interesse deste estudo tratam da prática de atividade física no lazer. Estimou-se o percentual anual de realização de atividade física no lazer nos três meses que antecederam a entrevista, além daquele de prática em nível suficiente (≥ 150 minutos/semana), disponível entre 2009 e 2016, para o conjunto da população, segundo sexo, idade e escolaridade. Verificou-se aumento (p < 0,05), tanto no percentual de prática de atividade física no lazer nos três meses que antecederam a entrevista (de 44,0 a 53,6%, 0,97 pontos percentuais (pp)/ano) quanto no percentual de indivíduos que atingiram as recomendações de prática de atividade física: de 30,3 a 37,6% (1,20pp/ano) entre 2009 a 2016. Os aumentos foram mais frequentes entre as mulheres, nos indivíduos nas menores faixas de idade e entre aqueles de maior escolaridade. Verificou-se aumento dos níveis de prática de atividade física na maioria das situações investigadas. Ainda que esse aumento tenha reduzido as diferenças entre homens e mulheres, foram acentuadas as diferenças entre jovens e pessoas mais velhas e entre aqueles nos níveis extremos de escolaridade.
Abstract:
This study aimed to analyze time trends in leisure-time physical activity in adults in Brazilian state capitals and the Federal District from 2006 to 2016. The study was based on data from the Risk and Protective Factors Surveillance System for Chronic Noncommunicable Diseases Through Telephone Interview (VIGITEL), collected by the Ministry of Health from 2006 to 2016 (n = 572,437). VIGITEL conducts interviews annually with more than 50,000 adults (≥ 18 years) living in households with hardline telephones. The main relevant VIGITEL questions for this study deal with leisure-time physical activity. We estimated the annual percentage of leisure-time physical activity in the three months prior to the interview, in addition to sufficient levels of such activit (≥ 150 minutes/week), available from 2009 to 2016 for the adult population as whole and according to sex, age, and schooling. There was an increase (p < 0.05) both in the percentage of leisure-time physical activity in the three months prior to the interview (from 44.0 to 53.6%, or 0.97 percentage points per year) and in the percentage of individuals that achieved recommended levels of physical activity, from 30.3 to 37.6% (1.20 percentage points per year) from 2009 to 2016. The increases were more frequent in women, younger adults, and those with more schooling. There was an increase in physical activity in the majority of the situations studied. Although this increase reduces the differences between men and women, the differences increased between young people and older individuals and between those at the extremes of educational levels.
Resumen:
El objetivo de este estudio fue analizar la tendencia temporal de la práctica de actividad física durante el tiempo de ocio entre adultos, en las capitales brasileñas y Distrito Federal, entre 2006 y 2016. Se utilizaron datos del Sistema de Vigilancia de Factores de Riesgo y Protección para Enfermedades Crónicas No Transmisibles por Entrevista Telefónica (VIGITEL), recogidos por el Ministerio de la Salud, durante el período entre 2006 y 2016 (n = 572.437). VIGITEL entrevista anualmente a más de cincuenta mil individuos adultos (edad ≥ 18 años) que residen en domicilios con teléfono fijo. Las principales preguntas de VIGITEL de interés en este estudio tratan sobre la práctica de actividad física durante el tiempo de ocio. Se estimó el porcentaje anual de realización de actividad física en el tiempo de ocio, durante los tres meses que antecedieron a la entrevista, además del referente a la práctica con nivel suficiente (≥ 150 minutos/semana), disponible entre los años 2009 y 2016, para el conjunto de la población, según sexo, edad y escolaridad. Se verificó un aumento (p < 0,05), tanto en el porcentaje de práctica de actividad física durante el ocio, en los tres meses que antecedieron a la entrevista (de 44,0 a 53,6%, 0,97 puntos porcentuales (pp)/año), en cuanto al porcentaje de individuos que alcanzaron las recomendaciones de práctica de actividad física: de 30,3 a 37,6% (1,20pp/año) entre 2009 a 2016. Los aumentos fueron más frecuentes entre las mujeres, en los individuos dentro de las menores franjas de edad y entre aquellos con mayor escolaridad. Se verificó un aumento de los niveles de práctica de actividad física en la mayoría de las situaciones investigadas. Aunque ese aumento haya reducido las diferencias entre hombres y mujeres, se acentuaron las diferencias entre jóvenes y personas más viejas y entre aquellos en los niveles extremos de escolaridad.