Inequalities in multimorbidity among elderly: a population-based study in a city in Southern Brazil
Desigualdades na ocorrência de multimorbidade entre idosos: um estudo populacional em um município no Sul do Brasil
Desigualdades en multimorbilidad entre ancianos: estudio basado en la población de una ciudad del sur de Brasil

Cad. Saúde Pública (Online); 34 (11), 2018
Publication year: 2018

Lower socioeconomic level is positively related to multimorbidity and it is possible that the clustering of health conditions carries the same association. The aim of this study was to identify prevalence of multimorbidity and clusters of health conditions among elderly, as well the underlying socioeconomic inequalities. This was a cross-sectional population-based study carried out with 60-year-old individuals. Multimorbidity was defined as the presence of 2+, 3+, 4+ or 5+ health conditions in the same individual. Schooling levels and the National Economic Index were used to investigate inequalities in the prevalence of multimorbidities among elderly. Slope and concentration indexes of inequality were used to evaluate absolute and relative differences. A factorial analysis was performed to identify disease clusters. In every ten older adults, about nine, eight, seven and six presented, respectvely, 2+, 3+, 4+ and 5+ health conditions. Three clusters of health conditions were found, involving musculoskeletal/mental/functional disorders, cardiometabolic, and respiratory factors. Higher inequalities were found the higher amount of health conditions (5+), when considering economic level, and for 3+, 4+ and 5+, when considering educational level. These findings show high multimorbidity prevalence among elderly, highlighting the persistence of health inequalities in Southern Brazil. Strategies by the health services need to focus on elderly at lower socioeconomic levels.
O nível socioeconômico baixo está relacionado diretamente à multimorbidade, e é possível que a aglomeração de morbidades apresente a mesma associação. O estudo teve como objetivo identificar a prevalência da multimorbidade e de clusters de morbidades entre idosos, além das desigualdades socioeconômicas subjacentes. Este foi um estudo transversal de base populacional em indivíduos com 60 anos ou mais. Multimorbidade foi definida como a presença de 2+, 3+, 4+ ou 5+ condições de saúde no mesmo indíviduo. O nível de escolaridade e o Índice Econômico Nacional foram usados para medir desigualdades na prevalência de multimorbidade entre idosos. Foram utilizados os índices de desigualdades slope e concentration para avaliar as diferenças absolutas e relativas. A análise fatorial foi realizada para identificar clusters de doenças. Em cada dez idosos, nove, oito, sete e seis apresentavam 2+, 3+, 4+ e 5+ condições de saúde, respectivamente. Foram identificados três clusters de morbidades, correspondendo aos transtornos musculoesqueléticos/mentais/funcionais e doenças cardiometabólicas e respiratórias. Maiores desigualdades foram encontradas para o maior número de condições de saúde (5+), considerando nível economômico, e para 3+, 4+ e 5+, considerando nível de escolaridade. Os achados revelam a alta prevalência de multimorbidade entre idosos, destacando a persistência de desigualdades de saúde no Sul do Brasil. As estratégias dos serviços de saúde devem priorizar os idosos de nível socioeconômico mais baixo.
Un nivel socioeconómico más bajo está positivamente relacionado con la multimorbilidad y es posible que la acumulación de estos problemas de salud provenga de esta misma asociación. El objetivo de este estudio fue identificar la prevalencia de multimorbilidad y los grupos de afecciones de salud entre ancianos, así como sus inequidades socioeconómicas subyacentes. Se trata de un estudio transversal, basado en población, que se llevó a cabo con personas de 60 años. Multimorbilidad se definió como la presencia de 2+, 3+, 4+ ó 5+ condiciones de salud en el mismo individuo. Los niveles de escolaridad y el Índice Económico Nacional fueron utilizados para investigar inequidades en la prevalencia de multimorbilidad entre ancianos. Los índices de inequidad slope y concentration se usaron para evaluar las diferencias absolutas y relativas. Se realizó un análisis factorial para identificar los grupos de enfermedades. En cada diez ancianos, nueve, ocho, siete y seis tenían 2+, 3+, 4+ y 5+ condiciones de salud, respectivamente. Se encontraron tres grupos de afecciones de salud, que conllevaban enfermedades musculoesquelético/mental/funcionales, cardiometabólicas, además de factores respiratorios. Se encontraron mayores desigualdades para el mayor número de condiciones de salud (5+), cuando se consideraba el nivel económico, y para 3+, 4+ y 5+, cuando se tenía en consideración el nivel educativo. Estos hallazgos mostraron una alta prevalencia de multimorbilidad entre adultos de avanzada edad, resaltando la persistencia de inequidades de salud en el sur de Brasil. Las estrategias por parte de los servicios de salud necesitan centrarse en ancianos con niveles socioeconómicos más bajos.

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