J. bras. pneumol; 44 (4), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Objective:
To determine the cut-off point for the six-minute walk distance (6MWD) that indicates lower survival time in patients with idiopathic pulmonary fibrosis (IPF) in Brazil. Methods:
This was retrospective study carried out in two referral centers for IPF. The 6MWT was performed twice, considering the highest value of the 6MWD. Various cut-off points were estimated, in absolute values and in percentage of predicted values, using ROC curves, the Kaplan-Meier method, and data from other studies. Results:
The sample comprised 70 patients with IPF. The mean age was 71.9 ± 6.4 years, and 50 patients (71.4%) were male. The mean FVC was 76.6 ± 18.2% of predicted value. The mean SpO2 at rest before and after 6MWT were 93.8 ± 2.5% and 85.3 ± 6.5%, respectively. The median survival time was 44 months (95% CI: 37-51 months). The mean 6MWD was 381 ± 115 m (79.2 ± 24.0% of predicted). After the analyses, the best cut-off points for estimating survival were 6MWD < 330 m and < 70% of predicted. The median survival time of patients with a 6MWD < 330 m was 24 months (95% CI: 3-45 months), whereas that of those with a 6MWD ≥ 330 m was 59 months (95% CI: 41-77 months; p = 0.009). Similarly, the median survival times of those with a 6MWD < 70% and ≥ 70% of predicted, respectively, were 24 months (95% CI: 13-35 months) and 59 months (95% CI: 38-80 months; p = 0.013). Cox multivariate regression models including age, sex, smoking status, SpO2 at the end of the 6MWT, and FVC% showed that 6MWD remained significantly associated with survival (p = 0.003). Conclusions:
Values of 6MWD < 330 m and < 70% of predicted value were associated with lower survival time in IPF patients in Brazil.
RESUMO Objetivo:
Determinar o ponto de corte da distância no teste de caminhada de seis minutos (DTC6) em relação à menor sobrevida em pacientes com fibrose pulmonar idiopática (FPI) no Brasil. Métodos:
Estudo retrospectivo realizado em dois centros de referência para FPI. O TC6 foi realizado em duplicata, considerando-se o maior valor da DTC6. Vários pontos de corte foram estimados, em valores absolutos e em percentual do previsto, utilizando curvas ROC, método de Kaplan-Meier e dados de outros estudos. Resultados:
A amostra envolveu 70 pacientes com FPI, com média de idade de 71,9 ± 6.4 anos, sendo 50 homens (71,4%). A média de CVF foi de 76,6 ± 18.2% do previsto. As médias de SpO2 em repouso antes e depois do TC6 foram de 93,8 ± 2,5% e 85,3 ± 6,5%, respectivamente. A mediana de sobrevida foi de 44 meses (IC95%: 37-51 meses). A média da DTC6 foi 381 ± 115 m (79,2 ± 24,0% do previsto). Após as análises, os melhores pontos de corte para estimar a sobrevida foram de DTC6 < 330 m e < 70% do previsto. A mediana de sobrevida foi de 24 meses (IC95%: 3-45 meses) para aqueles com DTC6 < 330 m comparada a 59 meses (IC95%: 41-77 meses) para aqueles com DTC6 ≥ 330 m (p = 0,009). Similarmente, a mediana de sobrevida foi de 24 meses (IC95%: 13-35 meses) para pacientes com DTC6 < 70% do previsto e de 59 meses (IC95%: 38-80 meses) para aqueles com DTC6 ≥ 70% do previsto (p = 0,013). Modelos de regressão multivariada de Cox incluindo idade, sexo, tabagismo, SpO2 ao final do TC6 e CVF% mostraram que a DTC6 permaneceu significativamente associada à sobrevida (p = 0,003). Conclusões:
Valores de DTC6 < 330 m e < 70% do valor previsto associaram-se à menor sobrevida em pacientes com FPI no Brasil.