Appendiceal neuroendocrine tumors: approach and treatment
Tumores neuroendócrinos do apêndice: abordagem e tratamento
J. coloproctol. (Rio J., Impr.); 38 (4), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT The incidence of tumors in the appendix has increased over the years, and they are mainly found in the anatomical and pathological examination of appendices operated due to acute appendicitis. The annual incidence of neuroendocrine tumors of the appendix, also called carcinoid tumors, is 0.15-0.16 per 100,000 people. In absolute terms, the incidence of these tumors has increased in the last decade by 70-133%. Appendiceal carcinoid tumors occur more often in women, and are found in 0.3-0.9% of the appendices removed in appendectomies. They appear in the subepithelial neuroendocrine cells and have an indolent course, with the symptoms being indistinguishable from an acute appendicitis. There are two classifications, one presented by the European Neuroendocrine Tumor Society and the other by the American Joint Committee on Cancer. Both classifications use tumor size as a predictor of tumor burden. The classification used by European Neuroendocrine Tumor Society also uses the invasion of the mesoappendix to select the best surgical treatment. However, these classifications require the inclusion of more criteria to define the selection of surgical treatment of tumors between 1 and 2 cm. Thus, along with the size of the tumor and the invasion of the mesoappendix, other factors such as vascular invasion, ki67 index, mitotic index and tumor location should be considered at the time of classification, for a better selection of the treatment and prognostic evaluation.
RESUMO A incidência de tumores no apêndice tem aumentado ao longo dos anos, principalmente encontrados no exame anatomopatológico dos apêndices operados por apendicite aguda. A incidência anual de tumores neuroendócrinos do apêndice, também designados por tumores carcinoides é de 0,15 a 0,16 por 100.000 pessoas. Em termos absolutos, a incidência destes tumores tem aumentado na última década em 70% a 133%. Os tumores carcinoides do apêndice ocorrem mais em mulheres e são encontrados em 0,3%‒0,9% dos apêndices removidos em apendicectomias. Têm origem nas células neuroendócrinas subepiteliais e apresentam um curso indolente, sendo os sintomas indistinguíveis de uma apendicite aguda. Existem duas classificações, a apresentada pela ENETS (European Neuroendocrin Tumor Society) e da AJCC (American Joint Committee on Cancer). Ambas as classificações utilizam o tamanho do tumor como preditor de carga tumoral. A classificação utilizada pela ENETS recorre ainda à invasão do mesoapêndice para selecionar o melhor tratamento cirúrgico. Contudo, estas classificações necessitam incluir mais critérios para definir a escolha do tratamento cirúrgico de tumores entre 1‒2 cm. Assim, para além do tamanho do tumor e da invasão do mesoapêndice, outros fatores como a invasão vascular, o ki67, o índice mitótico e a localização do tumor devem ser considerados no momento da classificação, para uma melhor seleção do tratamento e avaliação prognóstica.