Dupla tarefa como estratégia terapêutica em fisioterapia neurofuncional: uma revisão da literatura
Dual task training as a therapeutic strategy in neurologic physical therapy: a literature review

Acta fisiátrica; 22 (4), 2015
Publication year: 2015

Objetivo:

Discutir as possibilidades de utilização da dupla tarefa no âmbito da reabilitação de pacientes neurológicos.

Métodos:

Foram realizadas buscas nas bases de dados PUBMED, MEDLINE, LILACS e PEDro, com o termo em inglês dual task associados a cada uma das palavras, em separado: treatment, physicaltherapy, rehabilitation, exercise, training, dividedattention, executivefunctions e attentionaldemands. Foram selecionados apenas ensaios clínicos que utilizaram o treinamento de dupla tarefa em população adulta com doença ou lesão neurológica.

Resultados:

Dos 2024 artigos encontrados, 1017 foram excluídos por se tratarem de artigos duplicados. Dentre os 1007 restantes, 998 foram excluídos após a análise dos resumos. Os nove artigos selecionados avaliaram pacientes com acidente vascular encefálico, traumatismo encefálico, doença de Alzheimer e de Parkinson. A maioria utilizou a marcha como tarefa primária, e uma tarefa cognitiva como secundária. Os programas variaram entre 9 e 48 horas totais de treinamento.

Conclusão:

O treinamento de dupla tarefa parece ter efeitos positivos na marcha, cognição, habilidades de automatização e transferência de aprendizado, sugerindo que essa pode ser uma estratégia valiosa para a reabilitação neurológica. Entretanto, ainda se faz necessário explicar quais as tarefas que são mais eficientes, o período de intervenção adequado e a extensão do período de retenção do aprendizado

Objective:

Discuss the possibilities of dual task in the ambit of neurological rehabilitation.

Methods:

A survey was conducted in PUBMED, MEDLINE, LILACS, and PEDro, using the keywords “dual task” associated with each of the following terms separately: treatment, physical therapy, rehabilitation, exercise, training, divided attention, executive functions, and attentional demands. We selected only clinical trials that used dual task training in adults with neurological disease.

Results:

From the 2,024 articles found, 1,017 were excluded because they are duplicate. Among the remaining 1,007 articles, 998 were excluded after reviewing the abstracts. Nine articles were selected that included patients with stroke, brain injuries, Alzheimer’s, and Parkinson’s disease. Most articles used gait as the primary task, and in six studies the second task was cognitive. The training programs ranged between a total of 9 and 48 hours of training.

Conclusion:

Dual task training appears to improve gait, cognition, automation skills, and transference of learning, suggesting that this may be a valuable strategy for neurological rehabilitation. Nevertheless, it is still necessary to explain which tasks are more efficient and how long the learning retention lasts

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