Epidemiological and clinical aspects of ophidian bothropic accidents in dogs
Aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes ofídicos botrópicos em cães
Pesqui. vet. bras; 38 (11), 2018
Publication year: 2018
Snakebites are included in the group of emergencies for domestic animals, and these consultations demand technical knowledge as well as careful clinical evaluation of patients. Because of the importance of this theme and the higher prevalence of snakebites caused by snakes of the genus Bothrops in Rio Grande do Sul state, Brazil, this study aimed to address the epidemiological and clinical aspects of these accidents in dogs in the state, in addition to establishing their incidence. Clinical records of dogs, with a diagnosis of ophidian bothropic accident, assisted at the Toxicological Information Center of Rio Grande do Sul (CIT-RS) were revised from 2014 to 2016. These data were collected at the Toxicological Information Center, Statistics and Evaluation Center, State Secretary of Health. Data on the incidence of accidents and epidemiological and clinical information were obtained for each case. A total of 53 records were revised. In the records that included animal sex (n=49), 53% were female and 46.9% were male. As for animal age (n=47), the dogs ranged from one to 14 years, and most of them (46.9%) were in the 1-4-year age group. Over half of the cases occurred in the rural area (60.7%), and the head and neck were the main venom inoculation sites (76.3%). Diseases were characterized by clinical courses varying from hyperacute (<30 min to 6h), acute (6-24h), to subacute (4-5 days). Severe accidents accounted for 40% of the cases, with edema as the most frequent clinical sign (88.7%) followed by hemorrhagic manifestations (41.5%). Associations of epidemiological and clinical aspects coupled with history of exposure are important characteristics to assist with suspicion and definitive diagnosis of bothropic accidents in dogs.(AU)
Os acidentes ofídicos se enquadram no grupo de emergências para animais domésticos e esses atendimentos demandam conhecimento técnico, aliado a uma criteriosa avaliação clínica do paciente. Devido à importância do tema e a maior frequência de acidentes ofídicos provocados por serpentes do gênero Bothrops no Rio Grande do Sul, esse estudo teve como objetivo abordar os aspectos epidemiológicos e clínicos desses acidentes em cães nesse estado, além de estabelecer a frequência em que ocorrem. Foram revisados os protocolos de atendimentos clínicos de cães realizados pelo Centro de Informações Toxicológicas do Rio Grande do Sul (CIT-RS) com diagnóstico de acidente ofídico botrópico, entre o período de 2014 e 2016. Esses dados fazem parte do Centro de informação Toxicológica, Secretaria da Saúde, RS, Núcleo de Estatística e Avaliação. Foram obtidos dados relacionados à frequência dos acidentes e informações referentes à epidemiologia e à clínica de cada caso. Totalizaram-se 53 registros de atendimentos. Dos protocolos que informaram o sexo (n=49), 53% corresponderam a fêmeas e 46,9%, a machos. Em relação à idade (n=47), houve uma variação entre um e 14 anos, com maior concentração dos casos entre 1-4 anos (46,9%). Mais da metade dos atendimentos ocorreu em zona rural (60,7%) e a cabeça e o pescoço foram os principais locais de inoculação do veneno botrópico (76,3%). Observou-se uma doença com um curso que variou de hiperagudo (<30 min à 6h), agudo (6-24h) a subagudo (4-5 dias). Acidentes graves representaram 40% dos casos, no qual edema foi o sinal clínico mais frequente (88,7%), seguido por manifestações hemorrágicas (41,5%). A associação dos aspectos epidemiológicos e clínicos, aliados ao histórico de exposição, constituem características importantes que auxiliam na suspeita e no diagnóstico definitivo do acidente botrópico em animais.(AU)