Relações entre Preconceito e Crenças sobre Diversidade Sexual e de Gênero em Psicólogos/as Brasileiros/as
Relations Between Prejudice and Beliefs About Sexual and Gender Diversity Among Brazilian Psychologists
Relaciones entre Preconcepto y Creencias sobre Diversidad Sexual y de Género en Psicólogos/as Brasileños/as

Psicol. ciênc. prof; 38 (4), 2018
Publication year: 2018

Examinar as crenças de psicólogos/as sobre indivíduos e grupos atingidos pelo preconceito contribui para a preparação do/a profissional no atendimento a esse público. Neste estudo, investigou-se a relação entre preconceito e crenças sobre diversidade sexual e de gênero em psicólogos/as brasileiros/as. Um questionário online foi respondido por 497 profissionais, entre 22 e 69 anos (M = 34,52; DP = 9,57), ligados/as a 22 dos 23 Conselhos Regionais de Psicologia. Utilizou-se a Escala de Preconceito contra Diversidade Sexual e de Gênero Revisada para mensurar o preconceito e a Escala de Crenças sobre a Natureza da Homossexualidade para investigar crenças sobre homossexualidade, a qual foi replicada para também investigar crenças sobre bissexualidade e transexualidade. Observaram-se índices baixos de preconceito e a predominância de crenças psicossociais para compreender a diversidade sexual e de gênero. O tipo de crença que melhor explicou a ocorrência de preconceito foi de base psicológica, representado pelas atribuições causais de perversão, má resolução de conflitos com figuras parentais e abusos sexuais sofridos na infância. Além disso, embora com tamanhos de efeito pequenos, foram encontradas correlações positivas de preconceito com a perspectiva teórica da psicanálise e orientação psicanalítica, com a modalidade de avaliação psicológica e/ou psicodiagnóstico e com a área de atuação em neurociência do comportamento. Tendo em vista a população estudada, ainda que os índices tenham sido baixos, considera-se preocupante a manifestação de preconceito e, em especial, o fato de crenças psicológicas terem sido as que melhor explicaram os índices mais elevados de preconceito....(AU)
Examining psychologists' beliefs about individuals and groups who are victims of prejudice is a way to enhance these professionals' training when working with this public. The objective of this study was to investigate relations between prejudice and beliefs about the nature sexual and gender diversity among Brazilian psychologists. A total of 497 professionals responded to an online questionnaire. Participants' ages ranged from 22 to 69 years old (M = 34.52; SD = 9.57) and they were associated to 22 out of 23 Regional Psychology Councils. We used the Revised Scale of Prejudice Against Sexual and Gender Diversity to measure prejudice and the Scale of Beliefs About the Nature of Homosexuality to investigate beliefs about homosexuality, which was replicated to investigate beliefs about bisexuality and transsexuality as well. Low rates in extreme prejudice were observed and psychosocial beliefs about sexual and gender diversity were predominant. Psychological beliefs best explained the occurrence of prejudice, represented by the following causal attributions: perversion of normal behavior, unsatisfactory conflict resolution with parental figures, and sexual abuse in childhood. Besides, although showing low size effects, positive correlations were found between the theoretical perspective of psychoanalysis, the modality of psychological assessment and/or psychodiagnosis, and the area of behavioral neuroscience. In view of the population studied, we consider apprehensive that, even with low rates, extreme prejudice scores were above the minimum and, especially, the fact that psychological beliefs best explained the highest scores on extreme prejudice against sexual and gender diversity....(AU)
Examinar las creencias de psicólogos/as sobre individuos y grupos afectados por el preconcepto contribuye a la preparación del profesional en la atención a ese público. En este estudio, se investigó la relación entre preconceptos y creencias sobre diversidad sexual y de género en psicólogos/as brasileños/as. Un cuestionario on line fue respondido por 497 profesionales, con edades entre 22 y 69 años (M = 34,52, DP = 9,57), relacionados/das a 22 de los 23 Consejos Regionales de Psicología. Se utilizó la Escala de Preconcepto contra Diversidad Sexual y de Género Revisada para medir el preconcepto y la Escala de Creencias sobre la Naturaleza de la Homosexualidad para investigar creencias sobre homosexualidad, la cual fue replicada para también investigar creencias sobre bisexualidad y transexualidad. Se observaron bajos índices de preconcepto y la predominancia de creencias psicosociales para comprender la diversidad sexual y de género. El tipo de creencia que mejor explicó la ocurrencia de prejuicio fue de base psicológica, representado por las atribuciones causales de perversión, mala resolución de conflictos con figuras parentales y abusos sexuales sufridos en la infancia. Además, aunque con tamaños de efecto pequeño, se encontraron correlaciones positivas de preconcepto con la perspectiva teórica del psicoanálisis y orientación psicoanalítica, con la modalidad de evaluación psicológica y/o psicodiagnóstico y con el área de actuación en neurociencia del comportamiento. En vista de la población estudiada, aunque los índices han sido bajos, se considera preocupante la manifestación de preconcepto y, en especial, el hecho de que creencias psicológicas hayan sido las que mejor explicaron los índices más elevados de preconcepto....(AU)

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