Palliative approach in acute neurological events: a five-year study
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 64 (9), 2018
Publication year: 2018
SUMMARY INTRODUCTION Acute neurological illness often results in severe disability. Five-year life expectancy is around 40%; half the survivors become completely dependent on outside help. OBJECTIVE Evaluate the symptoms of patients admitted to a Hospital ward with a diagnosis of stroke, subarachnoid hemorrhage or subdural hematoma, and analyze the role of an In-Hospital Palliative Care Support Team. MATERIAL AND METHODS Retrospective, observational study with a sample consisting of all patients admitted with acute neurological illness and with a guidance request made to the In-Hospital Palliative Care Support Team of a tertiary Hospital, over 5 years (2012-2016). RESULTS A total of 66 patients were evaluated, with an age median of 83 years old. Amongst them, there were 41 ischaemic strokes, 12 intracranial bleedings, 12 subdural hematomas, and 5 subarachnoid hemorrhages. The median of delay between admission and guidance request was 14 days. On the first evaluation by the team, the GCS score median was 6/15 and the Palliative Performance Scale (PPS) median 10%. Dysphagia (96.8%) and bronchorrhea (48.4%) were the most prevalent symptoms. A total of 56 patients had a feeding tube (84.8%), 33 had vital sign monitoring (50.0%), 24 were hypocoagulated (36.3%), 25 lacked opioid or anti-muscarinic therapy for symptom control (37,9%); 6 patients retained orotracheal intubation, which was removed. In-hospital mortality was 72.7% (n=48). DISCUSSION AND CONCLUSION Patients were severely debilitated, in many cases futile interventions persisted, yet several were under-medicated for symptom control. The delay between admission and collaboration request was high. Due to the high morbidity associated with acute neurological illness, palliative care should always be timely provided.
RESUMO INTRODUÇÃO Eventos neurológicos agudos resultam frequentemente em incapacidade grave que impede o doente de participar ativamente nas decisões do seu próprio tratamento. A sobrevida a cinco anos ronda os 40%; metade dos sobreviventes fica dependente de terceiros. Objetivo Avaliar a sintomatologia de doentes internados com acidente vascular cerebral (AVC), hemorragia subarcnoideia (HSA) ou subdural (HSD) e analisar a intervenção de uma Equipe Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP). MATERIAL E MÉTODOS Estudo retrospetivo observacional dos doentes com diagnóstico principal de evento neurológico agudo com pedido de colaboração à EIHSCP, num hospital terciário, durante cinco anos (2012-2016). RESULTADOS Avaliados 66 doentes, com média de idade de 83 anos. Destacam-se 41 AVC isquêmicos, 12 hemorrágicos, 12 HSD e 5 HSA. A média da demora entre internamento e pedido de colaboração à EIHSCP foi de 14 dias. Na primeira observação, a média na escala de coma de Glasgow foi de 6/15 e na Palliative Performance Scale (PPS) foi de 10%. Disfagia (96,8%) e broncorreia (48,4%) foram os sintomas mais frequentes. A maioria dos doentes (56/66) mantinha sonda nasogástrica (84,8%); 33 encontravam-se em monitorização cardiorrespiratória (50,0%); 24 estavam sob hipocoagulação (36,3%); 25 necessitavam de opioide e antimuscarínico que não estavam prescritos (37,9%); seis tinham tubo orotraqueal, que foi retirado. A mortalidade intra-hospitalar foi de 72,7% (n=48). DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Destaca-se o estado debilitado dos doentes; em muitos casos, intervenções fúteis persistiam, mas várias foram submedicadas para o controle dos sintomas. Verificou-se um tempo de espera elevado até o pedido de colaboração. Pela elevada morbilidade associada a esses eventos, cuidados paliativos diferenciados deveriam ser oferecidos no tempo adequado.
Enfermedad Aguda, Escala de Coma de Glasgow, Hematoma Subdural/mortalidad, Hematoma Subdural/fisiopatología, Hematoma Subdural/terapia, Mortalidad Hospitalaria, Dimensión del Dolor, Cuidados Paliativos/métodos, Estudios Retrospectivos, Accidente Cerebrovascular/mortalidad, Accidente Cerebrovascular/fisiopatología, Accidente Cerebrovascular/terapia, Hemorragia Subaracnoidea/mortalidad, Hemorragia Subaracnoidea/fisiopatología, Hemorragia Subaracnoidea/terapia, Factores de Tiempo