Aderências em telas de polipropileno versus telas Sepramesh®: estudo experimental em ratos
Adhesions on polypropylene versus Sepramesh® meshes: an experimental study in rats

Rev. Col. Bras. Cir; 45 (6), 2018
Publication year: 2018

RESUMO Objetivo:

comparar a formação de aderências intraperitoneais, induzidas em ratos, quando utilizadas as telas de polipropileno e Sepramesh®.

Métodos:

foram utilizados 20 ratos Wistar, machos, agrupados randomicamente em dois grupos de dez animais cada. Duas telas de dimensão 10x20mm foram dispostas intraperitonealmente em cada animal, uma de polipropileno (PP) e a outra Sepramesh®. No Grupo 1, a tela de polipropileno foi posicionada à direita e a tela Sepramesh® à esquerda. No Grupo 2, a disposição das telas foi invertida. Após 14 dias do procedimento, os animais foram eutanasiados e a incorporação e a porcentagem de aderências, em cada tela, analisadas macroscopicamente. Os dados coletados foram submetidos à análise estatística com nível de significância adotado de p<0,05.

Resultados:

todas as telas apresentaram aderências. Nas telas Sepramesh®, a porcentagem de superfície coberta por aderências variou entre 2% e 86%, com média de 18,6±18,6%, enquanto que, nas telas de polipropileno, variou entre 6% e 86%, com média de 57,4%±34,9% (p<0,05). Os sítios preferenciais de formação de aderências, em ambas as telas, foram as bordas.

Conclusão:

embora nenhuma tela tenha sido capaz de inibir completamente o desenvolvimento de aderências, a tela Sepramesh® apresentou menos aderências em relação à tela de polipropileno. A preferência da formação de aderências nas bordas das próteses evidencia a importância da fixação adequada das telas.

ABSTRACT Objective:

to compare the formation of induced intraperitoneal adhesions in rats when using polypropylene and Sepramesh® meshes.

Methods:

we used 20 male Wistar rats, randomly grouped in two groups of ten animals each. We arranged two 10x20mm meshes intraperitoneally into each animal, one being the polypropylene (PP), and the other, Sepramesh®. In Group 1, the polypropylene mesh was positioned to the right, and the Sepramesh®, to the left. In Group 2, the meshes' layout was reversed. After 14 days of the procedure, we euthanized the animals and analyzed the incorporation and percentages of adhesions macroscopically in each mesh. We submitted the collected data to statistical analysis with a significance level of 5% (p<0.05).

Results:

all meshes showed adhesions. In the Sepramesh® ones, the percentage of surface covered by adhesions ranged from 2% to 86%, with a mean of 18.6±18.6%, while in the polypropylene meshes, it varied between 6% and 86%, with an average of 57.4%±34.9% (p<0.05). The preferred adhesion sites on both meshes were the edges.

Conclusion:

although no mesh was able to completely inhibit the development of adhesions, the Sepramesh® mesh presented less adhesions to the polypropylene mesh. The most common sites of adhesion formation were the edges of the prosthesis, which evidences the importance of the adequate fixation of the meshes.

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