Comparação temporal da prevalência de sibilância no primeiro ano de vida em são paulo: estudo internacional de sibilância em lactentes
Temporal comparison of wheezing prevalence in the first year of life in são paulo: international study of wheezing in infants

Rev. Paul. Pediatr. (Ed. Port., Online); 36 (4), 2018
Publication year: 2018

RESUMO Objetivo:

Avaliar a prevalência e a gravidade da sibilância em lactentes no primeiro ano de vida, utilizando o protocolo padronizado do Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes- fase 3, e comparar os valores obtidos com os observados no Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes- fase 1, realizado no mesmo centro.

Métodos:

Entre 2009 e 2010, pais e responsáveis de lactentes responderam ao questionário escrito do Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes- fase 3, e os resultados obtidos foram comparados aos do Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes- fase 1, realizado entre 2005 e 2006. Oslactentes foram separados em sibilantes e "não sibilantes".

Osprimeiros foram divididos de acordo com a frequência dos episódios:

sibilância ocasional, quando apresentaram menos de três, e sibilância recorrente, quando manifestaram três ou mais.

Resultados:

A prevalência de sibilantes foi similar nas duas fases (44,6 versus46%). Segundo a frequência, houve aumento na prevalência de sibilância ocasional (19,4 versus 23%; p=0,03) e redução na de sibilância recorrente (26,7 versus 21,6%; p=0,005). Observou-se, ainda, aumento expressivo no diagnóstico de asma (7,5 versus 21,8%) e no uso de corticosteroides inalatórios (11,7 versus 35%), como também na hospitalização por sibilância na fase 3 (19,7 versus 32,6%), período da pandemia Influenza A (H1N1), o que pode ter contribuído para este desfecho.

Conclusões:

A prevalência da sibilância no primeiro ano de vida permanece elevada. Apesar de a avaliação temporal mostrar queda na prevalência da sibilância recorrente, aumento significante de sua morbidade foi identificado pelo maior número de hospitalizações. Além disso, houve indícios de melhora no manejo da sibilância dos lactentes, refletido pelo aumento do diagnóstico de asma e maior indicação de tratamentos preventivos.

ABSTRACT Objective:

To assess the prevalence and severity of wheezing in the first year of life of infants, using the standardized protocol of the Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes- phase 3, and compare the values obtained with those found in phase 1, conducted at the same center.

Methods:

Between 2009 and 2010, parents and guardians of infants answered the written questionnaire of the Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes - phase 3, and its results were compared to those of phase 1, performed between 2005 and 2006. We divided the infants into wheezing and non-wheezing.

The wheezing group was stratified according to the frequency of episodes:

occasional wheezing - less than three -, and recurrent wheezing - three or more.

Results:

Wheezing prevalence was similar in both phases (44.6 versus 46%). Regarding frequency, the prevalence of occasional wheezing increased (19.4 versus 23%; p=0.03) and recurrent wheezing decreased (26.7 versus 21.6%; p=0.005). Also, diagnosis of asthma (7.5 versus 21.8%), use of inhaled corticosteroids (11.7 versus35%), and hospitalization for wheezing (19.7 versus 32.6%) grew significantly in phase 3. This period coincides with the Influenza A (H1N1) pandemic, which could have contributed to this outcome.

Conclusions:

Wheezing prevalence in the first year of life remains high. Despite the temporal assessment showing a decrease in the prevalence of recurrent wheezing, a significant increase in its morbidity was identified due to the higher number of hospitalizations. In addition, there were signs of improvement in the wheezing management of infants, reflected by an increase in the diagnosis of asthma and a greater indication of preventive treatments.

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