Rev. bras. geriatr. gerontol. (Online); 21 (5), 2018
Publication year: 2018
Abstract Objective:
to assess the prevalence of elderly persons living alone in Brazil, based on covariates of health status, behavior and socio-demographic characteristics. Method:
data from 11,967 individuals (aged 60 or over) were obtained from the National Health Survey (Brazil, 2013). Living alone was defined as residing in a one-person household. The prevalence of individuals living alone was stratified by socio-demographic conditions and geographic region. Living alone was also assessed as a factor for outcomes of physical functioning, behavior and health conditions. Poisson regression models were used to evaluate the prevalence ratios and a 95% confidence interval was applied. Results:
in Brazil, 15.3% of people aged 60 years and over live alone. This condition is more prevalent in higher income regions; however, more lower-income individuals were affected. Prevalence was higher among women and individuals aged 75 years or more. Living alone was associated with difficulties in instrumental activities of daily living (prevalence ratio 1.15; 95% confidence interval 1.04-1.28); the reporting of an illness in the two prior to the study (PR=1.35; 95%CI=1.16-1.57); watching television (five or more hours daily) (PR=1.40; 95%CI=1.26-1.56) and falls in the previous year (PR=1.35; 95%CI=1.10-1.66). Elderly persons living alone also had worse eating habits, with a less frequent intake of meat, beans and salads than their counterparts who lived with others. Conclusion:
elderly persons living alone in Brazil have a worse health status and health-related habits. These findings represent a challenge and should motivate social and health policies aimed at fulfilling the greater needs of adults who grow old alone.
Objetivo:
avaliar a prevalência de idosos morando sozinhos no Brasil, segundo condições de saúde, comportamento e características sociodemográficas. Método:
dados de 11.967 indivíduos (60 anos ou mais) foram obtidos da Pesquisa Nacional de Saúde (Brasil, 2013). Morar sozinho foi definido por residir em domicílios unipessoais. A prevalência de indivíduos que moram sozinhos foi estratificada por condições sociodemográficas e regiões geográficas. Morar sozinho também foi avaliado como fator para resultados sobre funcionalidade física, comportamento e condições de saúde. Modelos de regressão de Poisson avaliaram razões de prevalência e intervalos de confiança (95%). Resultados:
no Brasil, 15,3% das pessoas (60 anos ou mais) moram sozinhas. Essa condição foi ainda mais prevalente em regiões de renda mais elevada; mas foram mais afetados os indivíduos de baixa renda. Houve maior prevalência entre mulheres e pessoas com 75 anos ou mais. Morar sozinho foi associado a dificuldades nas atividades instrumentais da vida diária (razão de prevalência 1,15; intervalo de confiança de 95% 1,04-1,28); ao relato de alguma doença durante as duas semanas anteriores (RP=1,35; IC95%=1,16-1,57); assistir televisão (cinco ou mais horas diárias) (RP=1,40; IC95%=1,26-1,56) e quedas no último ano (RP=1,35; IC95%=1,10-1,66). Indivíduos idosos que moram sozinhos também relataram piores hábitos alimentares, menor consumo de carne, feijão e saladas do que seus colegas que moram acompanhados. Conclusão:
os idosos que vivem sozinhos no Brasil apresentam pior estado de saúde e hábitos relacionados à saúde. Esses achados são desafiadores e devem impulsionar políticas sociais e de saúde para o atendimento das maiores necessidades dos adultos que envelhecem sozinhos.