Disability relating to instrumental activities of daily living in the elderly with rheumatic diseases
Incapacidade funcional para atividades instrumentais da vida diária em idosos com doenças reumáticas

Rev. bras. geriatr. gerontol. (Online); 21 (5), 2018
Publication year: 2018

Objective:

to characterize the sociodemographic profile of elderly persons with arthritis/rheumatism in relation to gender, as well as to estimate the prevalence and factors associated with functional disability for the performance of instrumental activities of daily living (IADL).

Method:

a cross-sectional population-based study with a sample of 1,136 elderly persons (≥65 years old) from seven Brazilian municipal regions was carried out. Functional capacity was assessed by the self-reports of the elderly in terms of the performance of IADL, using the Lawton Scale. Differences between the genders, according to sociodemographic variables, were verified by the chi-squared test (p<0.05). The prevalence of inability to perform IADL was calculated and the independent associations were verified through multiple logistic regression.

Results:

the mean age was 72.4 years, 79.1% of the sample were women, and 45.9% of the elderly with arthritis/rheumatism were dependent for the performance of IADL. Differences were observed between the genders in relation to age, marital status, income and household arrangements (p<0.05). A higher prevalence of disability was observed among older elderly persons, those with no schooling and lower incomes, who lived in multigenerational households and who were frail. In the evaluation of the performance of specific activities, elderly persons with arthritis/rheumatism had greater difficulty taking medication (OR: 1,90; CI 95%: 1.19 - 3.06), after adjusting for gender and age.

Conclusion:

associations were found between functional disability and sociodemographic variables and frailty. Independence in daily activities such as those evaluated in this study is one of the primary conditions for the well-being of the elderly, even in conditions of frailty or chronic diseases.

Objetivo:

caracterizar o perfil sociodemográfico de idosos com artrite/reumatismo em relação ao sexo, bem como estimar a prevalência e os fatores associados à incapacidade funcional para a realização de atividades instrumentais da vida diária (AIVD).

Método:

estudo transversal de base populacional com amostra de 1.136 idosos (≥65 anos), procedentes de sete municípios brasileiros. A capacidade funcional foi avaliada pelo autorrelato dos idosos quanto à execução das AIVD, pela Escala de Lawton. Diferenças entre os sexos, segundo variáveis sociodemográficas, foram verificadas pelo teste qui-quadrado (p<0,05). Estimou-se a prevalência de incapacidade para a realização das AIVD e as associações independentes foram verificadas por meio de regressão logística múltipla.

Resultados:

a média de idade foi 72,4 anos, 79,1% eram mulheres e 45,9% dos idosos com artrite/reumatismo apresentaram dependência para a realização das AIVD. Observaram-se diferenças entre os sexos em relação à faixa etária, estado conjugal, renda e arranjo domiciliar (p<0,05). Maior prevalência de incapacidade foi observada entre os mais idosos, naqueles sem escolaridade, com pior renda, nos que viviam em arranjos multigeracionais e com fragilidade. Na avaliação da realização de atividades específicas, os idosos com artrite/reumatismo apresentaram maior dificuldade quanto ao uso de medicação (OR: 1,90; IC95%: 1,19 - 3,06), mesmo após ajuste por sexo e idade.

Conclusão:

foram encontradas associações entre incapacidade funcional com variáveis sociodemográficas e fragilidade. A independência para a realização de atividades cotidianas como as avaliadas neste estudo torna-se uma das condições primordiais para o bem-estar dos idosos na velhice, mesmo que sob condições de fragilidade ou doenças crônicas.

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