Comorbidities, clinical intercurrences, and factors associated with mortality in elderly patients admitted for a hip fracture
Comorbidades, intercorrências clínicas e fatores associados à mortalidade em pacientes idosos internados por fratura de quadril

Rev. Bras. Ortop. (Online); 53 (5), 2018
Publication year: 2018

ABSTRACT Objective:

To analyze comorbidities and clinical complications, and to determine the factors associated with mortality rates of elderly patients admitted with a hip fracture in a tertiary public hospital.

Methods:

Sixty-seven medical records were reviewed in a retrospective cohort study, including patients equal to or older than 65 years admitted to this institution for hip fracture between January 2014 and December 2014.

The evaluated items constituted were the following:

interval of time between fracture and hospital admission, time between admission and surgical procedure, comorbidities, clinical complications, type of orthopedic procedure, surgical risk, cardiac risk, and patient outcome.

Results:

The average patients' age in the sample was 77.6 years, with a predominance of the female gender. Most patients (50.7%) had two or more comorbidities. The main clinical complications during hospitalization included cognitive behavioral disorders, respiratory infection and of the urinary tract. The times between fracture and admission and between admission and surgery were more than seven days in most of cases. The mortality rate during hospitalization was 11.9%, and was directly connected to the presence of infections during hospital stay (p = 0.006), to time between admission and surgery longer than seven days (p = 0.005), to the Goldman Cardiac Risk Index class III (p = 0.008), and to age equal to or greater than 85 years (p = 0.031).

Conclusion:

Patients with hip fractures generally present comorbidities, are susceptible to clinical complications, and have an 11.9% mortality rate.

RESUMO Objetivo:

Analisar as comorbidades e as intercorrências clínicas e determinar os fatores associados à mortalidade de pacientes idosos internados por fratura de quadril em um hospital público de atenção terciária.

Métodos:

Neste estudo coorte retrospectivo, foram revisados 67 prontuários médicos de pacientes com idade igual ou maior que 65 anos, admitidos em nossa instituição por fratura de quadril, no período entre janeiro a dezembro de 2014. Foram avaliados os intervalos de tempo entre a fratura e admissão hospitalar e entre essa e o procedimento cirúrgico, o tempo total de internação, a presença de comorbidades, as intercorrências clínicas, o tipo de procedimento ortopédico adotado, o risco cirúrgico, o risco cardíaco e o desfecho de alta.

Resultados:

A média de idade foi de 77,6 anos, com predominância do sexo feminino (64,1%). A maioria dos pacientes (50,7%) tinha duas ou mais comorbidades. As principais intercorrências clínicas durante a internação foram distúrbios cognitivo-comportamentais e infecções respiratórias e do trato urinário. Os intervalos de tempo entre fratura e internação e entre essa e a cirurgia foram superiores a sete dias na maioria dos casos. A taxa de mortalidade durante a internação foi de 11,9% e esteve diretamente vinculada à presença de infecções no período hospitalar (p = 0,006), ao intervalo de tempo entre a internação e a cirurgia superior a sete dias (p = 0,005), ao escore de Goldman igual a III (p = 0,008) e à idade igual ou superior a 85 anos (p = 0,031).

Conclusão:

Pacientes com fraturas do quadril geralmente apresentam comorbidades, estão predispostos a intercorrências clínicas e têm uma taxa de mortalidade de 11,9%.

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