Rev. Bras. Ortop. (Online); 53 (6), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Objective:
To evaluate the microfracture intervention with tibial valgus osteotomy associated in the treatment of varus gonarthrosis. Methods:
From November 2005 to May 2013, 129 patients with medial gonarthrosis, varus deformity (8°-12°), and range of movement greater than 90° were evaluated. Patients with advanced gonarthrosis (Alhbäck 3, 4, and 5), Outerbridge lesion inferior to IV, previous knee surgery, body mass index greater than 35 kg/m2, and/or cruciate ligament injuries were not included. All patients were treated with videoarthroscopy followed by tibial valgus osteotomy. In the group osteotomy associated with microfracture (n = 56, mean age = 39.3), tibial valgus osteotomy and microfracture techniques to address chondral defects were used. In the isolated osteotomy group (n = 73, mean age = 41.4), only this procedure was performed. Post-surgical follow-up was 24 months, with four evaluations in the first 6 months, proceeding to biannual twice-a-year evaluation in the subsequent period. The Lysholm scale was used for functional monitoring. Results:
There was a significant improvement in the pain, limping, and squatting domains of the Lysholm scale but only in the isolated osteotomy group. A greater variance of results was observed in the osteotomy group associated to microfracture, in addition to an increased risk of functional deterioration (OR = 8.64). Conclusion:
The association of microfractures and tibial valgus osteotomy was correlated to lower functional outcomes than tibial valgus osteotomy alone, and may be related to the risk of worsening in the first two postoperative years.
RESUMO Objetivo:
Avaliar a intervenção de microfratura associada a osteotomia tibial valgizante no tratamento de gonartrose medial com geno varo. Métodos:
Entre novembro de 2005 e maio de 2013, foram avaliados 129 pacientes portadores de gonartrose medial, geno varo entre 8° e 12° e arco de movimento superior a 90°. Não foram incluídos pacientes com gonartrose avançada (Alhbäck 3, 4 e 5), lesão Outerbridge inferior a IV, cirurgia prévia na articulação, índice de massa corpórea superior a 35 kg/m2 e/ou lesão de ligamentos cruzados. Todos os pacientes foram submetidos a videoartroscopia do joelho seguida de osteotomia tibial valgizante. No grupo osteotomia tibial valgizante associado a microfratura (n = 56, média de idade = 39,3) foram associadas as técnicas de osteotomia tibial valgizante e microfratura nos defeitos condrais. No grupo osteotomia tibial valgizante isolada (n = 73, média de idade = 41,4), apenas esse procedimento foi feito. O acompanhamento pós-cirúrgico foi de 24 meses, com quatro avaliações ambulatoriais nos primeiros seis meses, passou-se a avaliações semestrais no período subsequente. A escala de Lysholm foi usada no acompanhamento funcional. Resultados:
Uma melhoria significativa nos domínios dor, claudicação e agachamento da escala de Lysholm foi observada apenas no grupo osteotomia tibial valgizante isolada. Maior variância de resultados foi observada no grupo osteotomia tibial valgizante associada a microfratura e uma razão de chances de pioria de 8,64. Conclusão:
A associação das microfraturas e osteotomia tibial valgizante tem resultado funcional inferior à osteotomia tibial valgizante isolada, pode ainda estar relacionada ao risco de pioria nos primeiros dois anos de pós-operatório.