Avaliação do uso de sistemas de prontuário eletrônico nas unidades de terapia intensiva brasileiras
Evaluation of the use of electronic medical record systems in Brazilian intensive care units

Rev. bras. ter. intensiva; 30 (3), 2018
Publication year: 2018

RESUMO Objetivo:

Examinar a prevalência do uso de sistemas de prontuário eletrônico nas unidades de terapia intensiva brasileiras, bem como a percepção dos médicos intensivistas em relação à contribuição dos sistemas de prontuário eletrônico para a melhoria da segurança e qualidade na prática clínica.

Métodos:

Por meio de questionário on-line, médicos que trabalhavam em unidades de terapia intensiva no Brasil responderam questões sobre o uso dos sistemas de prontuário eletrônico nos hospitais em que trabalhavam. As questões eram sobre o tipo de prontuário eletrônico utilizado e o nível de satisfação dos médicos com estes sistemas relativamente à melhoria na qualidade e na segurança.

Resultados:

Dos 4.772 convites enviados, 204 médicos responderam o questionário. A maioria utilizava sistema de prontuário e prescrição eletrônico (92,6%), trabalhava em hospitais privados (43,1%), em unidade de terapia intensiva adulto geral (66,7%), utilizava primordialmente o sistema privado A (39,2%), com tempo de implementação entre 2 a 4 anos (25,5%). Ainda, a maioria (84,6%) acreditava que o sistema eletrônico conferia mais qualidade que o sistema no papel, enquanto 76,7% percebiam uma melhor segurança nos sistemas eletrônicos comparados com aqueles no papel.

Conclusão:

Os sistemas de prontuário eletrônico parecem ser amplamente utilizados pelos médicos intensivistas brasileiros que responderam ao questionário e, segundo os dados, parecem conferir maior qualidade e segurança que o prontuário no papel.

ABSTRACT Objective:

To examine the prevalence of the use of electronic medical record systems in Brazilian intensive care units and the perceptions of intensive care physicians regarding the contribution of electronic medical record systems toward improving safety and quality in clinical practice.

Methods:

Using an online questionnaire, physicians working in Brazilian intensive care units answered questions about the use of electronic medical record systems in the hospitals in which they worked. They were asked about the types of electronic medical record systems used and their levels of satisfaction with these systems in terms of improving quality and safety.

Results:

Of the 4,772 invitations sent, 204 physicians responded to the questionnaire. Most used electronic medical record and prescription systems (92.6%), worked in private hospitals (43.1%), worked in general adult intensive care units (66.7%) and used Private System A (39.2%); most systems had been used for between 2 and 4 years (25.5%). Furthermore, the majority (84.6%) believed that the electronic system provided better quality than a paper system, and 76.7% believed that electronic systems provided greater safety than paper systems.

Conclusion:

Electronic medical record systems seem to be widely used by the Brazilian intensive care physicians who responded to the questionnaire and, according to the data, seem to provide greater quality and safety than do paper records.

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