Rev. bras. ter. intensiva; 30 (4), 2018
Publication year: 2018
RESUMO Objetivo:
Avaliar a eficácia do cateter nasal de alto fluxo na prevenção de intubação e reintubação de pacientes críticos em comparação com oxigenoterapia convencional ou ventilação não invasiva. Métodos:
Esta revisão sistemática foi realizada por meio de busca eletrônica em bancos de dados incluindo trabalhos publicados entre 1966 e abril de 2018. O desfecho primário foi a necessidade de intubação ou reintubação. Os desfechos secundários foram escalonamento de terapia, mortalidade no seguimento mais longo, mortalidade hospitalar e necessidade de ventilação não invasiva. Resultados:
Dezessete estudos com 3.978 pacientes foram incluídos. Não houve redução na necessidade de intubação ou reintubação (OR 0,72; IC95% 0,52 - 1,01; p = 0,056). Não houve diferença no escalonamento de terapia (OR 0,80; IC95% 0,59 - 1,08; p = 0,144), na mortalidade no seguimento mais longo (OR 0,94; IC95% 0,70 - 1,25; p = 0,667), na mortalidade hospitalar (OR 0,84; IC95% 0,56 - 1,26; p = 0,391) ou na necessidade de ventilação não invasiva (OR 0,64; IC95% 0,39 - 1,05, p = 0,075). Na análise sequencial de ensaios, o número de eventos incluídos foi menor que o tamanho ótimo de informação, com erro tipo I global > 0,05. Conclusão:
No presente estudo e no cenário avaliado, o cateter nasal de alto fluxo não foi associado com redução na necessidade de intubação ou reintubação em pacientes críticos.
ABSTRACT Objective:
To evaluate the efficacy of high-flow nasal cannula in the prevention of intubation and re-intubation in critically ill patients compared to conventional oxygen therapy or noninvasive ventilation. Methods:
This systematic review was performed through an electronic database search of articles published from 1966 to April 2018. The primary outcome was the need for intubation or re-intubation. The secondary outcomes were therapy escalation, mortality at the longest follow-up, hospital mortality and the need for noninvasive ventilation. Results:
Seventeen studies involving 3,978 patients were included. There was no reduction in the need for intubation or re-intubation with high-flow nasal cannula (OR 0.72; 95%CI 0.52 - 1.01; p = 0.056). There was no difference in the need for therapy escalation (OR 0.80, 95% CI 0.59 - 1.08, p = 0.144), mortality at the longest follow-up (OR 0.94; 95%CI 0.70 - 1.25; p = 0.667), hospital mortality (OR 0.84; 95%CI 0.56 - 1.26; p = 0.391) or noninvasive ventilation (OR 0.64, 95%CI 0.39 - 1.05, p = 0.075). In the trial sequential analysis, the number of events included was lower than the optimal information size with a global type I error > 0.05. Conclusion:
In the present study and setting, high-flow nasal cannula was not associated with a reduction of the need for intubation or re-intubation in critically ill patients.