Sex., salud soc. (Rio J.); (29), 2018
Publication year: 2018
Resumo:
Neste artigo apresento uma reflexão sobre a masculinidade pensada e gestada entre os participantes de festas de orgia para homens na cidade do Rio de Janeiro. Com base em dados de campo de uma pesquisa etnográfica que desenvolvi ao acompanhar a organização e realização desses eventos foi possível perceber a elaboração de determinados princípios que dão conteúdo e expressão a essas festas. O primeiro deles é o da masculinidade. Apenas homens, e um determinado tipo de homem, podem participar desses eventos. Nesse artigo abordo essa figura do "macho", suas práticas, sua construção nesse contexto, seus paradoxos e tensões com outros elementos. Procuro tanto apresentar a produção daquilo que surge denominado como "caráter espartano", quanto problematizar diferentes formas de "habitar a norma" apresentadas nesses contextos.
Abstract:
In this article, I present a reflection on masculinity thought and gestated among the participants of orgy parties for men in the city of Rio de Janeiro. Based on field data from an ethnographic research that I developed by accompanying the organization and realization of these events, it was possible to perceive the elaboration of certain principles that give content and expression to these parties. The first one is masculinity. Only men, and a certain type of man, can participate in these events. It is about this "macho" figure, its practices, its construction in this context, its paradoxes and tensions with other elements, which I intend to address in this article. I try both to present the production of what they call the "Spartan character" and to problematize different forms of "inhabit the norm" presented in these contexts.
Resumen:
En este artículo presento una reflexión sobre la masculinidad pensada y gestada entre los participantes de fiestas de orgía para hombres en la ciudad de Río de Janeiro. Con base en datos de campo de una investigación etnográfica que desarrollé al acompañar la organización y realización de esos eventos, fue posible percibir la elaboración de determinados "principios" que dan contenido y marca pública a esas fiestas. El primero de ellos es el de la masculinidad. Sólo hombres, y un determinado tipo de hombre, pueden participar en estos eventos. Es sobre esa figura del "macho", sus prácticas, su construcción en ese contexto, sus paradojas y tensiones con otros elementos, que pretendo abordar en ese artículo. Busco tanto presentar la producción de lo que ellos llaman "carácter espartano", como problematizar diferentes formas de "habitar la norma" presentada en esos contextos.