Fatores sociodemográficos associados ao grau de incapacidade física na hanseníase
Sociodemographic factors associated with the degree of physical disability in leprosy
Factores sociodemográficos asociados con el grado de incapacidad física en la lepra

rev. cuid. (Bucaramanga. 2010); 9 (3), 2018
Publication year: 2018

Resumo Introdução A incapacidade física é o principal problema decorrente da hanseníase, ocasionando impactos negativos na vida dos indivíduos. Objetivou-se analisar alguns fatores sociodemográficos associados à ocorrência de incapacidade física em casos novos de hanseníase. Materiais e Métodos Estudo transversal e analítico, cuja amostra foi constituída por 323 prontuários de pacientes diagnosticados em uma Unidade de Referência em Hanseníase do Estado do Pará-Brasil, no período de 2005-2014. Utilizou-se o cálculo da Razão de Prevalência (RP) para verificar a força por associação entre as variáveis. Resultados O percentual de Grau 1 e 2 de incapacidades físicas foi de 28,1% e os fatores sociodemográficos que se associaram à sua instalação foram: ser do sexo masculino (RP=2,0); ter idade a partir de 15 anos (RP= 2,2); possuir até o ensino fundamental (RP=1,3); ser procedente do interior ou de outro Estado (RP=1,2); e possuir renda de até 3 salários mínimos (RP=5,7). Discussão observamos maior exposição e menor prevenção do sexo masculino; o caráter crônico e progressivo da patologia; a escolaridade pode ser um fator de proteção; dificuldades e barreiras para a descentralização da assistência à saúde, mostrando que as populações com menor poder aquisitivo são mais vulneráveis à doença e incapacidades Conclusões É necessário potencializar investimentos, no setor saúde e educação, com vistas a minimizar as iniquidades sociais.
Abstract Introduction Physical disability, which has negative impacts on the lives of individuals, is the main problem arising from leprosy. The aim of this study was to analyze some socio-demographic factors associated with the occurrence of physical disability in new cases of leprosy. Materials and Methods Cross-sectional and analytical study, the sample of which consisted of 323 medical records of patients diagnosed in a Leprosy Reference Unit in the State of Pará-Brazil during the period 2005-2014. The Prevalence Ratio (PR) estimation was used to verify the strength of association between the variables. Results The percentage of Grade 1 and 2 physical disabilities was 28.1% and the socio-demographic factors associated with their onset were: male (PR 2.0); age 15 and over (PR= 2.2); basic education (PR = 1.3); from the backcountry or another state (PR = 1.2); and income of up to 3 minimum wages (PR = 5.7). Discussion We observe a greater exposure but less prevention in men; the chronic and progressive nature of the pathology; schooling may be a protective factor; difficulties and barriers for the decentralization of health care, which shows that populations with lower purchasing power are more vulnerable to disease and disability. Conclusions There is a need to increase investment in the health and education sectors, with a view to minimizing social inequalities.
Resumen Introducción La incapacidad física es el principal problema derivado de la lepra y esta ocasiona impactos negativos en la vida de los individuos. El objetivo del presente estudio fue analizar algunos factores sociodemográficos asociados con la ocurrencia de incapacidad física en casos nuevos de lepra. Materiales y Métodos Estudio transversal y analítico, cuya muestra estuvo constituida por 323 historias médicas de pacientes que fueron diagnosticados en una Unidad de Referencia en Lepra del Estado de Pará-Brasil, en el período 2005-2014. Se utilizó el cálculo de la Razón de Prevalencia (RP) para verificar la fuerza por asociación entre las variables. Resultados El porcentaje de Grado 1 y 2 de incapacidades físicas fue del 28,1% y los factores sociodemográficos que se asociaron a su aparición fueron: ser del sexo masculino (RP 2,0); tener edad a partir de 15 años (RP = 2,2); ter educación básica (RP = 1,3); ser procedente del interior o de otro estado (RP = 1,2); y tener un ingreso de hasta 3 salarios mínimos (RP 5,7). Discusión Observamos mayor exposición y menor prevención en el sexo masculino; el carácter crónico y progresivo de la patología; la escolaridad puede ser un factor de protección; dificultades y barreras para la descentralización de la asistencia a la salud, lo que demuestra que las poblaciones con menor poder adquisitivo son más vulnerables a la enfermedad y a las incapacidades. Conclusiones Es necesario aumentar las inversiones en el sector salud y educación, con miras a minimizar las desigualdades sociales.

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