Saúde do homem: identificação e análise dos fatores relacionados à procura, ou não, dos serviços de atenção primária
Men’s health: identification and analysis of factors related to the demand for primary care services
Arq. ciências saúde UNIPAR; 23 (1), 2019
Publication year: 2019
Identificar e analisar os fatores que dificultam a procura dos serviços de Atenção Primária relatados pela população masculina. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa. As informações foram coletadas por meio de aplicação de questionário estruturado com perguntas objetivas e subjetivas para 384 homens com idade entre 18 e 59 anos. Identificou-se a participação majoritária (33,85%) de indivíduos com idade entre 18 e 24 anos. A visão dos entrevistados acerca de sua saúde e gênero foi de que o homem é mais resistente, forte e invulnerável.
Os principais motivos impeditivos relacionados a não procura dos serviços de Atenção Primária foram:
preferência por se automedicar, falta de tempo, e desconforto dentro da Unidade Básica de Saúde. A entrada dos homens no sistema de saúde, no ano anterior à pesquisa, ocorreu principalmente pela atenção ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade (62,2%). Para a adoção da Atenção Primária como porta de entrada dos homens no Sistema Único de saúde, é preciso mudar a visão de que os serviços de saúde têm como único propósito tratar as doenças. Essa sensibilização deve começar mediante conhecimento sobre as características sociais, econômicas e culturais dos homens que receberão a atenção à saúde, além do preparo da equipe de saúde e gestores, seguido pelo acolhimento e busca ativa dessa população.
This study aims at identifying and analyzing the factors that hinder the demand for Primary Care services reported by the male population. It is a descriptive study with a quantitative approach. The information was collected through the application of a structured questionnaire with objective and subjective questions, applied to 384 men aged between 18 and 59 years. It could be observed that most participants (33.85%) were aged between 18 and 24 years. The view of the interviewees about their health and gender was that men are more resilient, stronger and invulnerable.