A participação masculina no planejamento familiar
Male participation on family planning

HU rev; 43 (4), 2017
Publication year: 2017

O programa de Planejamento Familiar foi implementado oficialmente no Brasil em 1984, com objetivo de articular ações que visam a liberdade do casal em decidir o número de filhos que podem ou querem ter. Este trabalho objetivou conhecer os motivos pelos quais a população masculina não participa do Planejamento Familiar e compreender o significado do Planejamento Familiar para homens adultos em idade reprodutiva, casados ou em união consensual. Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada com sete homens, que tinham suas companheiras cadastradas no Programa de Planejamento Familiar, em duas equipes de Saúde da família na cidade de Montes Claros.

A análise dos dados possibilitou chegar às seguintes categorias:

(1) Distanciamento dos serviços de saúde; (2) Desconhecimento acerca do planejamento familiar e (3) Feminização do cuidado. Os achados revelaram a inexistência de atividades que possam incitar a participação masculina no planejamento familiar com suas parceiras, uma vez que essa inserção é recente e desconhecida pelo público masculino. É preciso ampliar o diálogo e reorganizar as estratégias de planejamento e gestão para encorajar e conferir a devida importância que os homens possuem nesse cenário de diálogo e decisões sobre a própria família.
The Family Planning program was officially implemented in Brazil in 1984, aiming to articulate actions that aim at the freedom of the couple to decide the number of children they can or want to have. This study aimed to know the reasons why the male population does not participate in Family Planning and understand the meaning of Family Planning for adult males of reproductive age, married or in a consensual union. This is a qualitative research, carried out with seven men, who had their companions enrolled in the Family Planning Program, in two Family Health teams in the city of Montes Claros.

Data analysis made it possible to reach the following categories:

(1) Distancing of health services; (2) Lack of knowledge about family planning and (3) Feminization of care. The findings revealed the inexistence of activities that may incite male participation in family planning with their partners, since this insertion is recent and unknown by the male audience. It is necessary to broaden the dialogue and reorganize the planning and management strategies to encourage and give due importance that men have in this scenario of dialogue and decisions about the family itself.

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