J. bras. econ. saúde (Impr.); 10 (3), 2018
Publication year: 2018
Objetivo:
Estimar o impacto orçamentário da introdução de rituximabe subcutâneo, comparado ao
intravenoso, no sistema de saúde suplementar brasileiro, para o tratamento de linfoma não Hodgkin (LNH) difuso de grandes células B CD-20 positivo. Métodos:
As perspectivas foram o sistema de saúde suplementar e operadoras de saúde de grande, médio e pequeno portes. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foram utilizados para obter o número médio de pacientes por porte das operadoras e cruzados com dados epidemiológicos de LNH para estimar a população elegível. Uma pesquisa com 28 operadoras mapeou taxas, preços e tabelas de referência usadas para o reembolso de medicamentos, materiais e procedimentos. Uma equipe multidisciplinar estimou o uso de recursos. Os custos médicos diretos foram incluídos e os preços foram obtidos de fontes públicas. O horizonte temporal foi de cinco anos e considerou-se a incorporação progressiva de rituximabe subcutâneo com 20% no primeiro ano até atingir 100%. Resultados:
Em cinco anos, 3.846 pacientes com LNH difuso foram estimados para o sistema de saúde suplementar, 35 para uma operadora de grande porte, 5 para uma de médio porte e 5 para uma de pequeno porte. Demonstrou-se que a incorporação de rituximabe subcutâneo pode economizar até R$ 15,8 milhões para todo o sistema, R$ 144,3 mil para uma operadora de grande porte e R$ 20,4 mil tanto para uma operadora de médio quanto para uma de pequeno porte. Conclusão:
A incorporação de rituximabe subcutâneo no sistema de saúde suplementar brasileiro pode economizar até R$ 15,8 milhões no tratamento de LNH.
Objective:
To estimate the budgetary impact of the introduction of subcutaneous compared with
intravenous rituximab in the Brazilian private healthcare system to treat diffuse large B-cell CD-20+
non-Hodgkin lymphoma (NHL) patients. Methods:
Perspectives were the private healthcare system
(PHS), a big, medium and small HMO. We used data from National Regulatory Agency for Private
Health Insurance and Plans to obtain the mean number of patients per HMO size. Incidence and
survival data of diffuse large B-cell CD-20+ NHL were applied to reach the eligible population. A survey with 28 HMOs mapped fees, pricing sources and reference tables used for reimbursement.
A multidisciplinary team estimated the resource use. Direct medical costs were included; drugs and
material prices were obtained from published sources. Time horizon was 5 years and market share
considered the uptake of subcutaneous rituximab starting with 20% in the first year, increasing to 100%. Results:
In 5 years, 3,846 diffuse NHL patients were estimated for the PHS, 35 for big HMO, 5 for medium HMO, and 5 for small HMO. Results showed that the progressive incorporation of subcutaneous rituximab can save up to 15.8 million BRL, 144.3 thousand BRL, and 20.4 thousand BRL in the PHS, a big HMO, and in medium/small HMOs, respectively. Differences among fees and material costs of subcutaneous and intravenous administration were the main drivers of results. Conclusion:
Compared with the intravenous administration, subcutaneous rituximab can save up to 15.8 million BRL costs in the NHL treatment in the Brazilian PHS.