Geriatr., Gerontol. Aging (Online); 12 (4), 2018
Publication year: 2018
OBJETIVO:
Descrever o julgamento clínico realizado pelo enfermeiro no processo de avaliação do risco de quedas de idosos durante período de internação. MÉTODOS:
pesquisa exploratória, descritiva, de abordagem qualitativa desenvolvida em três hospitais do município de Cuiabá, Mato Grosso, conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Fizeram parte da pesquisa 18 enfermeiros lotados nas clinicas médicas e cirúrgicas. Os dados foram coletados de março a agosto de 2013 por entrevista semiestruturada e analisados pela análise temática e sob ótica da Teoria do Julgamento Clínico de Tanner (2006). RESULTADOS:
A avaliação do risco de quedas dos idosos é realizada de forma assistemática e superficial. A admissão do paciente foi considerada o momento mais adequado para se coletar os dados e avaliar o risco de quedas dos idosos, além da passagem de plantão e/ou visitas aos pacientes, conversas/troca de informações com a equipe de recepção do hospital. A identificação dos indícios ou fatores de risco de quedas dos pacientes, geração das inferências e emissão do parecer são realizados. A validação das inferências não foi identificada. CONCLUSÕES:
Conclui-se que as duas etapas iniciais do julgamento clínico — o reconhecimento e a interpretação — ocorrem de maneira assistemática, incompleta e inconsistente, podendo gerar avaliações imprecisas do risco de quedas de idosos hospitalizados.
OBJECTIVE:
This study aimed to describe the clinical judgment of nurses in fall risk assessment for hospitalized older adults. METHOD:
This exploratory, descriptive study with a qualitative approach was conducted in Unified Health System hospitals in Cuiabá, MT, Brazil. A total of 18 nurses in medical and surgical clinics participated. The data were collected from March to August 2013 using a semi-structured interview and were assessed through thematic analysis based on Tanner’s clinical judgment model (2006). RESULTS:
Fall risk evaluation in older adults is performed unsystematically and superficially. The nurses considered the most appropriate time to collect data and assess the fall risk of older patients to be at patient admission, although shift changes, patient visits, conversations or information exchange with hospital reception staff contributed. Although the signs or factors of patient fall risk were identified, inferences were produced and opinions were issued, the inferences were not validated. CONCLUSIONS:
The two initial stages of CJ — recognition and interpretation — are unsystematic, incomplete and inconsistent, which can lead to inaccurate assessment of fall risk among hospitalized older adults.