Trabalho do cirurgião-dentista no serviço público de saúde e implicações sobre o estresse
The dentist's work in the public health service and implications regarding stress

Rev. APS; 21 (3), 2018
Publication year: 2018

Objetivo:

explorar a relação entre estresse e processo de trabalho de cirurgiões-dentistas do serviço público, considerando profissionais de Unidades Básicas de Saúde – UBS e de Unidades de Saúde da Família - USF.

Metodologia:

para a coleta de informações, utilizaram-se o questionário de estresse validado e questões visando apreender a concepção dos profissionais sobre o estresse, seus desdobramentos no trabalho e suas formas de enfrentamento. Os dados quantitativos foram analisados pelo qui- -quadrado e os qualitativos, pela Técnica da Análise de Conteúdo.

Resultados:

indivíduos atuantes em USF expuseram frequência mais elevada da condição de estresse, quando comparados a profissionais UBS (p=0,011), com predominância da fase de resistência para ambos (p=0,547). Grande parte dos cirurgiões-dentistas atribui a determinação do estresse ao estilo de vida e a questões laborais, como fatores precedentes, alterações físicas e psicológicas. Para o enfrentamento do estresse, os profissionais manifestam, com frequência, a habilidade em manter a calma e a paciência, a prática de atividades físicas e de atividades de lazer.

Conclusão:

o modelo de atenção à saúde parece influenciar o fenômeno estresse e as concepções apreendidas por ambos os grupos traduzem situações inerentes à prática laboral de cirurgiões-dentistas do serviço público, independentemente do processo de trabalho adotado.

Objective:

the purpose was to explore the relationship between stress and dentists' work process in the public health service, considering professionals in Basic Health and Family Health Strategy units of a city in southern Brazil.

Methods:

to collect information, we used the validated stress questionnaire and questions aimed at understanding professionals' conceptions about stress, its consequences at work, and the ways of coping. Quantitative data were analyzed using the Chi-square test, and qualitative data were submitted to the Content Analysis technique.

Results:

individuals working in the Family Health Strategy Units demonstrated a higher frequency of stress when compared to Basic Health Unit professionals (p=0.011), and both groups had a prevalent stress phase called resistance (p=0.547). Many of the subjects attributed the determination of stress to lifestyle and work-related issues. As preceding stress factors, the subjects indicated physical and psychological changes with emphasis on excessive body fatigue and emotional exhaustion. On ways seen for coping with stress, professionals often expressed the ability to remain calm and patient, and engaging in physical activity and leisure activities.

Conclusion:

the health care model seems to influence the stress phenomenon and the conceptions held by both groups demonstrate inherent situations in dentists' professional practice in the public health service, regardless of the work process adopted.

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