Dental care utilization among children in Brazil: an exploratory study based on data from national household surveys
Utilização de serviços odontológicos entre crianças no Brasil: estudo exploratório a partir das pesquisas nacionais por amostra de domicílios
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 24 (2), 2019
Publication year: 2019
Abstract Wide availability of access to dental services can be considered a predictor of better oral health outcomes in a population. This article aims to compare data from the Brazilian National Household Sample Surveys (PNAD) on dental services utilization among children aged 4 to 12 years. This cross-sectional study was carried out using data from the 1998, 2003, and 2008 National Household Sample Surveys, involving a total of 61.438, 64.659 and 59.561 children, respectively. Ninety-nine percent confidence intervals were considered for the prevalence of each outcome of interest. In 1998, 60.8% (99%CI: 59.4;62.1) of children had been to a dentist; this prevalence was 65.5% (99%CI: 64.4;66.7) in 2003 and 73.8% (99%CI: 72.1;74.2) in 2008. In 1998, 41.2% (99%CI: 39.1;43.3) of children in the lowest household income quartile had been to a dentist; this value was 61.4% (99%CI: 59.5;63.2) in 2008. Among children from families whose head of household had 4 years of formal education or fewer, 49.5% and 63% had been to a dentist in 1998 and 2008, respectively. The lifetime prevalence of dentist attendance among Brazilian children increased between 1998 and 2008, especially among those from low-income families and those whose head of household had a low educational level.
Resumo A ampla disponibilidade de acesso aos serviços odontológicos pode ser considerada um fator preditor de melhores resultados na saúde bucal da população. O objetivo deste artigo é comparar os dados obtidos das Pesquisas Nacionais por Amostras de Domicílios (PNADs), em relação a utilização de serviços odontológicos, entre crianças de 4 a 12 anos. Estudo transversal, com dados obtidos a partir das PNADs realizadas em 1998, 2003 e 2008, envolvendo um total de 61.438, 64.659 e 59.561crianças, respectivamente. Considerou-se intervalos de confiança de 99% para os desfechos. No ano de 1998, 60,8% (IC99%: 59,4;62,1) das crianças haviam ido ao dentista, em 2003, 65,5% (IC99%: 64,4;66,7), e em 2008, 73,8% (IC99%: 72,1;74,2). Com relação à renda domiciliar, em 1998, 41,2% (IC99%: 39,1;43,3) das crianças inseridas nas famílias na menor faixa de renda foram ao cirurgião-dentista, em 2003 49,9% (IC99%: 48;51,9) o fizeram e, em 2008, 61,4% (IC99%: 59,5;63,2). Entre as que pertenciam a famílias onde o chefe possuía até 4 anos de estudo, 49,5% e 63%, em 1998 e 2008, foram às consultas odontológicas. A prevalência de crianças brasileiras que já haviam ido ao dentista aumentou entre 1998 e 2008, especialmente entre aquelas pertencentes a famílias com renda domiciliar menor e com chefes possuindo menor escolaridade.