Hemophagocytic lymphohistiocytosis, a rare condition in renal transplant - a case report
Linfohistiocitose hemofagocítica, condição rara no transplante renal - relato de caso

J. bras. nefrol; 40 (4), 2018
Publication year: 2018

Abstract Hemophagocytic lymphohistiocytosis (HLH) is an uncommon and life-threating condition characterized by major immune activation and massive cytokine production by mononuclear inflammatory cells, due to defects in cytotoxic lymphocyte function. It is even more unusual in renal transplant recipients, in which it is often associated with uncontrolled infection. The mortality is high in HLH and differential diagnosis with sepsis is a challenge. The approach and management depend on the underlying trigger and comorbidities. We report a case of a 50-year-old renal transplant female admitted with fever and malaise 3 months post-transplant and presenting anemia, fever, hypertriglyceridemia, high levels of serum ferritin, and positive CMV antigenemia. Urine was positive for decoy cells and BKV-DNA. Graft biopsy showed CMV nephritis. Both blood and urine cultures where positive for E. coli. Hemophagocytosis was confirmed by bone marrow aspiration. Immunosuppression was reduced, and the patient received high-dose intravenous immunoglobulin and dexamethasone, with complete response after 3 weeks. We highlight the importance of early diagnosis and proper management of a rare and serious condition in a renal transplant patient, which can allow a favorable clinical course and improve survival rate.
Resumo A linfohistiocitose hemofagocítica (LHH) é uma condição incomum e potencialmente fatal, caracterizada por importante ativação imunológica e produção maciça de citocinas por células mononucleares inflamatórias, devido a defeitos na função linfocitária citotóxica. É ainda mais incomum em receptores de transplante renal, nos quais está freqüentemente associada a infecções não controladas. A mortalidade da LHH é alta, e o diagnóstico diferencial com sepse é um desafio. A abordagem e o tratamento dependem do gatilho e das comorbidades subjacentes. Relatamos o caso de uma paciente transplantada renal com 50 anos de idade, admitida com febre e mal-estar 3 meses após o transplante, apresentando anemia, febre, hipertrigliceridemia, níveis elevados de ferritina sérica e antigenemia positiva para CMV. A urina mostrou positividade para células decoy e BKV-DNA. A biopsia do enxerto mostrou nefrite por CMV. Ambas as culturas de sangue e urina foram positivas para E. coli. A hemofagocitose foi confirmada pelo aspirado de medula óssea. A imunossupressão foi reduzida e a paciente recebeu altas doses de imunoglobulina intravenosa e dexametasona, com resposta completa após 3 semanas. Destaca-se a importância do diagnóstico precoce e do manejo adequado de uma condição rara e grave em um paciente transplantado renal, o que pode permitir um curso clínico favorável e melhorar a taxa de sobrevida.

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