Entre a técnica e a téchne: possibilidades de atuação do psicólogo nas organizações
Between the technique and the téchne: working possibilities of the psychologist in organizations
Entre la técnica y la téchne: posibilidades de actuación del psicólogo en las organizaciones

Rev. abordagem gestál. (Impr.); 25 (1), 2019
Publication year: 2019

O objetivo desse artigo é instigar a reflexão, com base no pensamento de Martin Heidegger sobre a questão da técnica, mais especificamente, acerca do espaço que comumente psicólogos têm ocupado nas organizações de trabalho, estas por sua vez inseridas em um mundo técnico pós-moderno. Psicólogos, entre outros profissionais, têm buscado conhecimento e preparo técnico específico, principalmente após a graduação, para assumirem cargos em áreas de gestão de pessoas nas organizações. Contudo, não tem sido raro ouvir profissionais de psicologia atuantes em contextos organizacionais relatarem que não se sentem mais psicólogos, que sequer recordam que o são, visto que as atividades cotidianas lhes requerem conhecimentos e habilidades que muito pouco estão associadas com a formação que escolheram. A partir da reflexão ora proposta, busca-se percorrer um caminho no qual se vislumbre possibilidades do psicólogo repensar sua prática profissional de modo a privilegiar a téchne sem precisar abrir mão da técnica e, assim, criar com esta última uma relação serenamente livre.
The aim of this article is to instigate reflection, based on the thought of Martin Heidegger concerning the issue of technique, more specifically about the space that psychologists have commonly occupied in the work organizations, which, in turn, are inserted in a postmodern world. Psychologists, among other professionals, have sought knowledge and specific technical preparation, especially after graduation, to take up positions in areas of personnel management in organizations. However, it has not been uncommon to hear psychologists working in organizational contexts reporting that they do not longer feel themselves like psychologists, who do not even remember that they exercise their profession, because the daily activities require knowledge and skills that are very little associated with the training area they have chosen. From the reflection proposed here, we seek to follow a path in which we can glimpse the possibilities of psychologists to rethink their professional practice in such a way as to privilege the téchne without giving up the technique, and thus establish a serenely free relationship with the latter.
El objetivo de este artículo es instigar la reflexión, basándose en el pensamiento de Martin Heidegger sobre la cuestión de la técnica, más específicamente sobre el espacio que, comúnmente, psicólogos han ocupado en las organizaciones de trabajo, que a su vez forman parte del mundo técnico posmoderno. Psicólogos, entre otros profesionales, han buscado el conocimiento y la preparación técnica específica, sobre todo después de la graduación, para asumir posiciones en las áreas de gestión de personas en las organizaciones. Sin embargo, no ha sido raro escuchar a profesionales de la psicología que trabajan en contextos organizacionales reportar que no más se sienten como psicólogos, que ni siquiera recuerdan que ejercen su profesión, puesto que las actividades diarias requieren conocimientos y habilidades que muy poco se asocian con la formación que han elegido. A partir de esta reflexión, se busca seguir un camino en el que el psicólogo pueda vislumbrar posibilidades para repensar su práctica profesional de manera que se prime la téchne sin tener que renunciar a la técnica, y así crear con esta última una relación tranquilamente libre.

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